Quando ouvimos falar em afogamento logo pensamos em praia, mas de acordo com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), 90% dos afogamentos, no Brasil, ocorrem em águas naturais. Sendo que os espaços de água doce, que podem ser rios, cachoeiras, lagos, lagoas, represas e córregos, concentram a maior parte dos afogamentos, alcançando a marca de 75%.
Em Santa Catarina, na última temporada, 20 pessoas perderam a vida vítimas de afogamento em água doce. Este ano, entre os dias 16 e 24 de dezembro, de acordo com o primeiro Boletim de Operação Veraneio 2023/2024 do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), já foram registrados 03 óbitos por afogamento nesses espaços. Entre os adultos, os homens são as maiores vítimas. Alguns dos fatores são o excesso de confiança em sua aptidão física, ignorar os perigos da correnteza local ou fazer o uso de bebida alcoólica antes de banhar-se. Com crianças, independente do tipo de ambiente aquático, os cuidados devem ser redobrados pois para eles um afogamento leve de poucos segundos pode deixar sequelas. Por isso é fundamental que toda criança esteja acompanhada por um adulto, mesmo em áreas com monitoramento por guarda-vidas. A utilização de colete salva-vidas também é
indispensável. Atenção: outros dispositivos flutuantes, como as bóias de braço, são ineficazes e dão a falsa sensação de segurança.
Mais dicas para evitar acidentes:
- Não superestime sua capacidade de nadar. Avalie as consequências de um possível incidente;
- Prefira banhar-se em locais rasos e sem correnteza;
- Evite banhar-se sozinho – vá com amigos e familiares e/ou procure um local de banho conhecido, com outras pessoas e,
se possível, com guarda-vida; - Não nade após refeições;
- Antes de mergulhar, certifique-se da profundidade. Um acidente pode provocar sequelas irreversíveis;
- Se houver monitoramento de guarda-vidas, acate as orientações e atente-se às sinalizações.
Como reagir em caso de acidente:
Caso você esteja em um princípio de afogamento, mantenha-se calmo e tente flutuar, colocando a barriga para cima. Desta forma, o rosto ficará fora d’água e os braços livres, permitindo que você chame por socorro. Caso haja correnteza, não tente lutar contra ela; deixe-se levar com as pernas voltadas para o mesmo sentido do rio (protegendo a sua cabeça) e use os braços como leme para se aproximar aos poucos da margem.
Também existe a possibilidade de você presenciar um afogamento na sua frente; nesse caso, é muito importante que você não entre na água para fazer o salvamento se não estiver habilitado para isso – você pode se tornar mais uma vítima. Lance algum objeto que a ajude a flutuar e acione os guarda-vidas ou os bombeiros através do número 193.
FONTE/CRÉDITOS: CBMSC
CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): Divulgação/CBMSC