Santa Catarina acendeu o alerta para o enfrentamento à dengue. Municípios das regiões Norte, sobretudo Joinville, que teve uma morte confirmada, e Grande Florianópolis apresentam mais casos notificados, mas o Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, também ronda outras regiões.
Por todo Estado, são mais de 4.000 casos prováveis, mais de 5.000 focos em 186 municípios, dos quais 154 já são considerados infestados. Na Capital, conforme o último boletim, são 1.090 casos em investigação, 113 confirmados e uma internação. Em Florianópolis, o cenário de epidemia se mantém desde o ano passado.
Segundo informações do Instituto Butantan, epidemia consiste num aumento no número de casos de uma doença em diversas regiões, estados ou cidades, mas sem atingir níveis globais. Conforme o diretor da Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina), João Fuck, apesar de algumas regiões já registrarem aumento de casos, o Estado ainda não enfrenta uma situação de epidemia, mas de monitoramento e preparação. Os dados mostram que, em 2023, houve um aumento do número de casos entre março e abril no Estado. Neste ano, vem ocorrendo em janeiro.
“Estamos vendo um aumento de casos prováveis. Esse número é maior do que no mesmo período de 2023 e mostra que podemos estar iniciando um processo de transmissão mais intensa”, afirma o diretor. “Ainda não é uma condição de epidemia. Vemos algumas regiões tendo um número maior de casos, mas é uma situação de atenção. Podemos ver uma curva subindo rapidamente nas próximas semanas”.
A projeção do diretor da Dive é que, se a curva continuar subindo, o Estado pode entrar num pico de transmissão entre fevereiro e março, sendo que, em 2023, foi entre abril e maio.
“Se cada um não se envolver, não eliminar os locais com água parada, não teremos sucesso no combate. Essa continua sendo a melhor estratégia de prevenção e somente com esforço é que podemos ter algum resultado nessa curva de transmissão.”
Foto: Prefeitura de Camboriú/Divulgação/ND
Informações: ND+