A contrapartida dos alunos contemplados pelo programa Universidade Gratuita vai precisar atender aos interesses estratégicos de Santa Catarina. A professora Luciane Ceretta, reitora da Unesc e presidente da Acafe, apresentou a ideia ao governador Jorginho Mello (PL).
Foram ouvidos os secretários da Educação, Saúde, Ciência e Tecnologia, Assistência Social e Indústria e Comércio. A intenção foi entender as prioridades, estabelecer uma lista de demandas para atender as 21 regiões catarinenses, com ações estruturantes e transformadoras. Participam desse elo, ainda, Fecam, Alesc, prefeituras e entidades empresariais.
O programa Universidade Gratuita determina que, para cada mês de benefício obtido, os alunos vão precisar trabalhar, durante o curso ou depois, 4 horas e 20 minutos por mês como contrapartida. A professora Ceretta aponta que um dos problemas da universidade pública é ficar “intra muros”, voltada aos pares e muitas vezes desconectada da realidade regional. “Existem inúmeros projetos importantíssimos, mas perde-se muito tempo e recurso público em pesquisa, papers, publicações que em nada irão impactar a sociedade que banca essa estrutura”.
A lógica que se pretende é fazer com que os alunos e profissionais recém formados atuem em áreas que sejam prioridade na região e que pesquisem temas de interesse estratégico para o Estado. Ao melhorar a qualidade da entrega, melhora-se a eficiência do recurso público investido no Universidade Gratuita. É fundamental, entretanto, que tudo tenha plena transparência e seja acompanhado por indicadores. A medida passa a valer a partir de março.
Informações NSC