Apesar de estar longe do período mais intenso e preocupante da pandemia, o Brasil segue registrando mortes por Covid-19. Apenas em 2024, já são quase 1 mil óbitos registrados pela doença – número que é cerca de 10 vezes maior do que o da dengue, que também preocupa as autoridades em praticamente todo o país.
De acordo com o Ministério da Saúde, 963 pessoas já morreram por Covid-19 no Brasil neste ano. O número é bem superior às mortes por dengue no país, que já fez 90 vítimas fatais no país.
Em Santa Catarina, 30 óbitos por Covid-19 foram registrados a contar desde o início do ano – segundo painel do Ministério da Saúde. De acordo com o médico pneumologista Dr. Renato Matos, os números mostram que o vírus não foi embora – mas que a situação, obviamente, não é a mesma do período pandêmico.
“Situação completamente diferente. Existe ainda a Covid-19, e muito, mas as pessoas, ou através da vacina ou da infecção natural, já têm imunidade de grau diferente. O que vemos hoje é que as pessoas que têm Covid-19 grave estão em situações de imunodeficiência, em idade mais avançada ou com doenças crônicas. É pouco comum vermos pessoas mais sadias e jovens com quadros complicados. Pode acontecer, mas é mais raro”, destacou.
A movimentação de Carnaval e a volta às aulas, segundo Renato Matos, são fatores que podem ajudar a contribuir para o aumento no número de casos e mortes por Covid-19 neste início de ano. O médico pneumologista reforça que se vacinar é importante nesse contexto.
“O que podemos fazer hoje, para evitar problemas maiores, é manter a vacinação em dia. Infelizmente essa vacina acabou sendo politizada. As pessoas realmente tem muito medo da vacina, e não há motivo médico para isso. Nenhum medicamento ou vacina foi tão acompanhado do que essa contra a Covid. A que temos hoje no Brasil é a bivalente, da Pfizer, que é da melhor qualidade”, declarou o médico.
Foto/crédito: Agência Brasil