Professores grevistas da Rede Estadual de Educação e sindicalistas se reuniram em forma de protesto na tarde de terça-feira (30), em frente ao prédio do Centro Administrativo de Santa Catarina, escritório do Governo do Estado, em Florianópolis. Mais uma vez, a reunião entre o sindicato e o Estado terminou sem um acordo.
Segundo Evandro Accadrolli, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (SINTE/SC), o ato foi uma resposta às falas do governador do Estado, Jorginho Mello quanto às reivindicações feitas pelos servidores. “Nós lamentamos a forma que o governo vem nos tratando. Precisa valorizar o professor para ele querer permanecer na rede de ensino. É uma grande greve e ela vai ganhar corpo e se tornar uma das maiores de Santa Catarina”.
Em pronunciamento, Jorginho chegou a afirmar que caso a paralisação continuar, haverá descontos além de novas contratações de profissionais para substituir grevistas e impedir que alunos não sejam prejudicados por deixar de frequentar às aulas. Ainda em desacordo, sindicalistas dizem que o movimento já tem 45% de adesão. Em contrapartida, o Secretário de Estado da Administração, Vânio Boing, afirmou que apenas 15% deles entraram em greve.
Dentre as principais reivindicações dos professores estaduais, estão a descompactação da tabela salarial, o lançamento de um novo concurso público, a revogação do desconto de 14% sobre os salários dos aposentados, a garantia de hora-atividade para todos os professores e a melhoria na infraestrutura escolar.
De acordo com o secretário, os pedidos estão sendo ouvidos. “Aquilo que foi possível implementar no ano passado já está valendo. Houve um aumento no Vale-alimentação que vai completar agora em 2026 aproximadamente 108%, de R$ 12,00 para R$ 25,00. Nós também estamos propensos a acatar o custo da hora atividade para ser implementada a partir de 2025. A principal reivindicação da categoria é com relação à descompactação e o governador mais uma vez está disposto a ver o que é possível fazer, mas isso precisa de um estudo detalhado que o Estado está realizando.”
Quatro representantes do SINTE/SC se reuniram junto ao Secretário de Estado de SC para debater sobre a resolução da paralisação, que não teve acordo. Um novo ato está agendado para acontecer no dia 8 de maio, novamente em frente ao Centro Administrativo de Santa Catarina.