Análise foi feita com crianças do 2º ano de escolas públicas em 85% do país
Uma mesma região, dois cenários opostos. José Boiteux tem a pior taxa de alfabetização entre as crianças no Vale do Itajaí (37,1%), mostra um relatório do Ministério da Educação. O mesmo levantamento coloca a vizinha Dona Emma como a cidade com os melhores números, com 87% dos alunos sabendo ler e escrever o esperado para os estudantes do 2º ano do ensino fundamental.
A nível nacional, 56% das crianças das redes públicas alcançaram o patamar de alfabetização definido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para o 2º ano. Ou seja, Dona Emma está acima da média brasileira e, José Boiteux, abaixo. A prefeitura foi procurada pela reportagem e não se manifestou sobre o assunto até a publicação deste texto.
A meta varia conforme a cidade, mas no caso de Dona Emma era de ter 80% dos pequenos alfabetizados em 2024, número que foi ultrapassado já no ano passado. José Boiteux precisa chegar a 43,6% neste ano. No Vale do Itajaí, não foram confirmados os percentuais de Camboriú, Petrolândia, Taió e Doutor Pedrinho.
Em toda Santa Catarina, a melhor taxa está em São João do Oeste, com 96%, que é também a primeira do Brasil quando se analisa a população acima dos 15 anos, segundo o IBGE. A pior foi constatada em Cerro Negro, na região serrana, com 28,9%. O Brasil recuperou o desempenho de alfabetização anterior à pandemia do coronavírus, que era a meta, conforme declarou o ministro Camilo Santana.
“É importante a gente comemorar, mas estamos muito longe do ideal. Não queremos só metade, queremos 100% das crianças alfabetizadas na idade certa“, afirmou.
Fonte: Bianca Bertoli / Jornal de Santa Catarina / NSC Total / Educadora
Foto: Arquivo / NSC