Se tudo correr bem, a reforma da ponte entre Apiúna e Ibirama, na BR-470, deve começar até o fim deste mês. Ao menos é o que espera o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O início dos trabalhos no local está atrasado, conforme prazos estipulados no contrato. Agora, a empresa vencedora da licitação tem nove meses para executar a obra.
A ordem de serviço foi assinada em maio do ano passado e a gaúcha Sogel tinha seis meses para fazer os projetos executivos das novas fundações. Mas com pelo menos sete enchentes no Vale do Itajaí no segundo semestre de 2023, foi preciso esperar a água baixar. Em outubro passado, a ponte chegou a ser interditada por segurança diante da elevação do nível do Rio Itajaí-Açu.
Agora, o DNIT diz que a etapa de projetos está superada e o canteiro de obras está montado no Km 111 para o início das obras. A reforma deve começar pela infraestrutura no fundo do rio, com abertura de caminho às margens do rio e também a preparação para colocar as estacas, segundo o departamento.
O contrato, de R$ 15 milhões, prevê a recuperação da parte estrutural da ponte, incluindo pilares, vigas e lajes. Além disso, haverá ampliação da largura, de 9,4 para 15,2 metros, a fim de abrigar pista nos dois sentidos, mais acostamento dos dois lados, barreiras de concreto, passeio para pedestres e guarda-corpo.
A ponte de 200 metros de comprimento sobre o Rio Itajaí-Açu tem sérios problemas estruturais e vive risco de colapso, segundo relatórios do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Conforme o próprio edital, a estrutura tem ferragens expostas, fissuras no concreto, infiltrações, corrosão da armadura e erosão do concreto em contato com a água.
Em uma escala de 1 a 5, o estado de conservação dela recebeu nota mínima do DNIT.
A primeira tentativa de contratar uma empreiteira para projetar e executar o trabalho ocorreu em 2020, mas não apareceram interessados. Um ano depois, o departamento republicou o edital, com orçamento estimado em R$ 7,9 milhões. O valor foi considerado insuficiente devido à disparada de preços da construção civil nos últimos anos. Novamente, ninguém apareceu.
Agora, na terceira tentativa, a contratação deu certo, mas com o dobro do valor. (NSC)