A decisão foi tomada pela própria empresa após um longo entendimento de que os animais precisam de um ambiente mais próximo ao seu habitat natural.
“As gerações mudam, e hoje entendemos que é mais significativo receber os animais que nos visitam espontaneamente, como capivaras e pássaros migratórios, do que manter espécies selvagens dentro de um parque temático”, comenta Alex Murad, Presidente do Conselho Administrativo do Beto Carrero World.
O parque informou que está concluindo a transferência das últimas espécies para novos lares, garantindo que sejam acolhidos com o mesmo carinho e dedicação que receberam.
Ao longo dos 32 anos em que esteve ativo, o Mundo Animal chegou a ter 237 espécies e mais de mil animais.
A história do Beto Carrero com os animais iniciou ainda na época dos circos que rodavam o Brasil. Ao lado de seus fiéis companheiros, como o cavalo Faísca e o leopardo Marcos, João Murad plantou a semente do que viria a se tornar o maior parque temático da América Latina: o Beto Carrero World.
“Temos muito orgulho e respeito por toda história que tivemos com os animais. Meu pai, Beto Carrero, tinha uma conexão incrível e nos inspirou a cuidar, preservar e amar cada um deles”, diz Alex Murad.
À medida que os anos passaram, o parque adaptou-se às novas percepções e necessidades de bem-estar animal. Os shows deram lugar a uma abordagem mais profissional, resultando na criação de um zoológico que educava visitantes e proporcionava um ambiente seguro e acolhedor para diversas espécies.
A parceria com órgãos como IBAMA, ICMBio e especialistas permitiu que o Beto Carrero World oferecesse cuidados alinhados a protocolos internacionais. No local, houve histórias de nascimentos raros, resgate e recuperação de animais aos olhos de milhares de visitantes.
Foto: Beto Carrero World