A febre Oropouche, transmitida pelo mosquito maruim, tem causado preocupações em Santa Catarina. Isso porque o número de casos já ultrapassa os 160 desde o mês de abril de 2024, em que foram registrados os primeiros casos da doença no Estado.
A morte de uma pessoa que teria viajado a Santa Catarina no período de incubação também é investigada. No país, já foram confirmadas três mortes pela doença. Em um dos casos, registrado na sexta-feira (2), em Pernambuco, houve um caso de óbito fetal causado por transmissão vertical.
A região do Vale do Itajaí é a que mais acumula casos da febre Oropouche, com Luiz Alves tendo o maior número de casos — 88 no total. Botuverá e Blumenau aparecem na sequência.
Veja as cidades de SC com casos confirmados
Antônio Carlos: 2
Benedito Novo: 1
Blumenau: 10
Botuverá: 37
Brusque: 7
Canelinha: 1
Corupá: 3
Guabiruba: 1
Guaramirim: 1
Ilhota: 6
Jaraguá do Sul: 1
Luiz Alves: 88
São Martinho: 1
Schroeder: 7
Tijucas: 2
Total: 168
Pode virar epidemia?
Ainda que o número de casos seja grande, não foram registrados novos resultados positivos para a doença desde o dia 23 de julho no Estado. A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC) explica que até 2023, só se realizava testes para a doença na região Amazônica, onde era endêmica.
O órgão afirma que ainda é difícil ter uma definição sobre uma possível epidemia da doença neste momento. Isso se dá justamente por a doença ser nova em estados fora da região Amazônica, como é o caso de Santa Catarina.
Opas emitiu alerta sobre alto risco da febre Oropouche
No sábado (3), a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), braço da Organização Mundial da Saúde nas Américas (OMS), emitiu um alerta epidemiológico de risco alto para a doença nas Américas.
A entidade afirmou que “recentes mudanças altamente preocupantes” nas características da doença fizeram a decisão ser tomada, com destaque para o registro de casos da doença fora das regiões endêmicas.
As mortes confirmadas na Bahia e o caso de transmissão vertical, assim como outros óbitos fetais e casos de recém-nascidos com anencefalia em monitoramento, também colaboraram para o alerta.
“Reconhecendo que essas observações ainda se encontram em fases iniciais de investigação e que a verdadeira trajetória da doença ainda é desconhecida, o nível de risco para a região foi ampliado para alto”, destacou a entidade.
fonte: Agência Brasil