Na segunda-feira (12), os trabalhadores das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) iniciarão uma greve por tempo indeterminado. A paralisação foi decidida devido a uma proposta de mudança na forma de pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) da empresa. A Intersindical dos Eletricitários de Santa Catarina (Intercel) acusa a Diretoria de negligência nas negociações e afirma que a alteração proposta ameaça direitos adquiridos em benefício de um grupo restrito.
Os trabalhadores alegam que a nova proposta favorece os engenheiros em detrimento de outras categorias, especialmente aquelas com salários mais baixos. A discussão está centrada na distribuição da PLR e não no valor total, que, segundo a Diretoria, é de R$ 56 milhões, já reservado para o pagamento da PLR, condicionado ao cumprimento das metas estabelecidas.
Esta greve será a terceira enfrentada pelo governo de Jorginho Mello (PL). Anteriormente, houve paralisações de professores, que retornaram às atividades após nova negociação com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte), e dos servidores da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), que paralisaram por 10 dias em junho.