Em mais um capítulo decorrente da forte crise econômica que assola o país, a Argentina está vivendo uma onda de roubos a supermercados e lojas. Nesta madrugada (24) 56 pessoas foram presas em mais de 10 saques em pelo menos 8 municípios nas redondezas de Buenos Aires.
A maioria dos ataques são coordenados através de grupos no Facebook e WhatsApp. Usando perfis falsos, os “líderes” enviam mensagens de agitação e combinam o próximo alvo. Isso é resultado da desvalorização da moeda argentina que chegou a 22%, levando os comerciantes a aumentaram os preços em cerca de 30%. Para 2023, a estimativa é que a inflação alcance taxas de 150% a 200%. Pela gravidade da situação, o governo fechou acordos para congelar os preços dos combustíveis e limitar o aumento de preços nos supermercados.
Pensando na parte política da história, o Fundo Monetário Internacional se reuniu com dois candidatos à presidência — Javier Milei e Patricia Bullrich — para entender suas prioridades econômicas.
Pelas eleições primárias do país, Milei lidera nas intenções de voto. Ele é de direita e tem ideias bem polêmicas, como fechar o Banco Central e trocar o peso pelo dólar americano.
Depois desses últimos saques, o candidato fez uma comparação do momento atual com o colapso socioeconômico vivido na Argentina em 2001. Segundo ele, o país “não resiste mais a esse modelo empobrecedor”.
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