O crime que chocou o Alto Vale do Itajaí nesta semana, com a descoberta de três corpos carbonizados dentro de um carro em Ibirama, contou, também, com a participação do irmão do principal suspeito pelos assassinatos. Edineia Telles e os dois filhos pequenos foram mortos pelo ex-companheiro da mulher, acredita a polícia, já que ele confessou ter atirado contra os três na terça-feira (27). Além do autor, o cunhado da vítima teria ajudado a esconder os corpos e a ocultar uma das armas utilizadas nos homicídios, conforme novas informações do delegado responsável pelo caso, André Amarante.
O ex-marido de Edineia teria assassinado ela e os filhos, de dois e quatro anos de idade, dentro da casa dele, em Presidente Getúlio. Depois disso, chamou o irmão e com o auxílio dele colocou os corpos dentro do carro da mulher e levou o veículo até Ibirama, em uma região no interior da cidade. Lá, atearam fogo no automóvel e o jogaram em uma ribanceira, com duas vítimas no porta-malas. Uma das crianças foi encontrada fora do carro, com o corpo parcialmente queimado.
A primeira pessoa que se deparou com o veículo no barranco foi o Pedro Bittelbrunn. Aposentado, ele contou em entrevista que faz o trajeto pelo bairro Dalbérgia toda semana. Nesta quinta (29), porém, foi surpreendido com um carro queimado às margens do caminho, por volta das 11h. Logo percebeu que o cenário era ainda pior do que imaginava ao ver os ocupantes carbonizados no interior do automóvel.
O irmão do principal suspeito pelo crime também contou à polícia que, além dos corpos, ajudou a esconder a espingarda usada para atirar contra as vítimas. A outra arma, um revólver, foi localizada na casa do ex-companheiro de Edineia, no quintal. Ali também havia vestígios de sangue, segundo a polícia.
O irmão foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. As investigações ainda devem apurar qual foi o grau de envolvimento dele na morte da cunhada e dos dois sobrinhos, conforme o inquérito instaurado pela delegacia de polícia de Presidente Getúlio.
O delegado, adiantou, no entanto, que o homem deve responder por ocultação e destruição de cadáver, fraude processual, porte ilegal de arma de fogo e por deixar de comunicar a autoridade competente a violência contra criança e adolescente.
O ex-companheiro de Edineia também segue detido após ter sido localizado no Paraná e confessado o crime.
fonte: Polícia Civil e NSC