Dois sócios da empresa responsável pela construção do reservatório que se rompeu no Bairro Monte Cristo, em Florianópolis, em setembro de 2023 e um engenheiro da Casan foram formalmente acusados pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) na quinta-feira (29) passada. Eles enfrentam uma ação penal por crimes contra a segurança pública.
A denúncia do MPSC inclui acusações de causar inundações e desabamentos que colocaram em risco vidas, integridade física e patrimônio. As investigações apontam falhas na execução do projeto e na fiscalização durante a construção do reservatório. Além das penas legais, o MPSC exige o pagamento de R$ 19,5 milhões para reparar os danos causados à comunidade e aos serviços públicos da área afetada.
A Casan declarou que ainda não recebeu notificação oficial sobre a denúncia e que as informações devem ser obtidas com o engenheiro denunciado. A reportagem tentou entrar em contato com os engenheiros, mas não obteve resposta.
Sobre o caso
O rompimento do reservatório aconteceu na madrugada de 6 de setembro de 2023, arrastando carros e destruindo casas. O incidente deixou duas pessoas feridas, afetou cerca de 100 pessoas e danificou 85 residências. Aproximadamente 2 mil metros cúbicos de água inundaram a área, danificando muros e veículos. A área foi evacuada e isolada, e a Casan fechou as entradas do reservatório para conter o vazamento.