Um estudante de ciências da computação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) criou um aplicativo de celular capaz de reconhecer larvas do mosquito da dengue com uma foto. Ele foi convidado agora para apresentar o “XôDengue” em um evento de tecnologia da Unesco em Paris, na França.
Pedro Philippi Araujo desenvolveu o projeto como bolsista de iniciação científica da UFSC, com orientação da professora Christiane Gresse von Wangenheim, do departamento de Informática e Estatística da UFSC, em cooperação com o professor Carlos José de Carvalho Pinto, vinculado ao departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da universidade.
A ideia do aplicativo surgiu a partir da proposta de se produzir um material didático para o ensino de inteligência artificial na educação básica de forma prática e interdisciplinar. Ele funciona através de um modelo de deep learning: a partir de uma base de 1900 fotos de larvas de mosquitos, a própria inteligência artificial se tornou capaz de classificar novas imagens.
O usuário do aplicativo pode tirar uma foto de uma larva que encontra em casa e contar com o aplicativo para identificar se o material pertence ao Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. O mecanismo também já reconhece larvas dos mosquitos Aedes albopictus e Culex.
O aplicativo ainda está em fase de finalização, com previsão de ser liberado inicialmente para dispositivos Android. Antes de ser selecionado para a Digital Learning Week, da Unesco, com previsão de ocorrer entre os próximos dias 4 e 7 de setembro, o projeto já havia recebido menção honrosa no App Inventor Appathon, organizado pela App Inventor Foundation, dos Estados Unidos.
Informações NSC