O governador Jorginho Mello (PL) vai solicitar que todos os reservatórios de água em Florianópolis sejam vistoriados pela Casan. O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira (6), em coletiva de imprensa, enquanto visitava o bairro Monte Cristo, que teve casas e carros destruídas após o rompimento de um reservatório durante a madrugada (ouça abaixo). Um inquérito será aberto para apurar as causas.
Durante entrevista coletiva, Mello afirmou que o incidente é uma “tragédia” e o foco no momento é o atendimento as famílias. Ao menos 85 casas foram atingidas, segundo levantamento preliminar feito pela companhia.
“O que foi o meu pedido: assistência e ajudar a minimizar essa dificuldade. Ver o que precisamos fazer e depois restaurar a propriedade deles. Nós vamos apurar todas as responsabilidades” explica.
O governador salientou, ainda, que a vistoria nos reservatórios terá como objetivo evitar que novos acidentes ocorram.
Um inquérito será feito para saber porque aconteceu, se foi uma estrutura mal feita. Alguém tem que respaldar para tomar a providência. Já pedi para o presidente da Casan para revisar todos os reservatórios para não ser pego de surpresa em outras regiões” complementa.
De acordo com a diretora de Polícia da Grande Florianópolis, Michele Alves Rebelo, equipes da Polícia Civil foram até o local para fazer um levantamento dos estragos. Um inquérito será aberto ainda nesta quarta-feira pela Delegacia do Continente para apurar as causas.
Entenda o caso
O rompimento ocorreu às 2h na rua Luís Carlos Prestes, no bairro Monte Cristo após uma das paredes se deslocar. A via ficou alagada por cerca de 2 mil metros cúbicos e destruiu muro de casas e carros. A área foi evacuada e isolada. A Defesa Civil faz na manhã desta quarta-feira o levantamento do número de pessoas impactadas com o incidente.
Duas pessoas receberam atendimento do Corpo de Bombeiros Militar e foram encaminhadas para um hospital da região com ferimentos leves.
Já a Casan fez o fechamento das entradas do reservatório para evitar o escoamento de água. Atuam no atendimento equipes da companhia, da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar.
“As pessoas estão sendo alocadas para uma igreja para dar o primeiro suporte para eles e fazer o levantamento do prejuízo, para posteriormente fazer a indenização dessas pessoas” explica Joel Horstmann, diretor de operações da companhia.