O incêndio no domingo (7), atingiu mais de 24 veículos e deixou cinco pessoas feridas
Na manhã desta segunda-feira (7), por volta das 5h20, a concessionária Arteris Litoral Sul liberou as pistas da BR-101 no km 233, na região do Morro dos Cavalos, em Palhoça. A rodovia havia sido totalmente interditada após o tombamento e a explosão de um caminhão-tanque carregado com etanol, no início da tarde de domingo (6). O incêndio atingiu mais de 24 veículos e deixou cinco pessoas feridas.
De acordo com a Arteris, o acidente ocorreu na pista Sul, sentido Porto Alegre, e provocou longas filas nos dois sentidos da rodovia. A interdição completa do trecho durou mais de 15 horas. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a demora na liberação se deveu à presença de material inflamável no local, o que exigiu cuidados adicionais para garantir a segurança da operação.
O presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc), Dagnor Schneider, destacou que a ocupação das rodovias catarinenses por quilômetro é uma das maiores do Brasil: “Santa Catarina tem mais de 880 veículos por quilômetro pavimentado enquanto o Paraná tem cerca de 440 por quilômetro, a metade da média de SC”.
Ele também apontou para o aumento do tráfego de veículos pesados, principalmente com produtos perigosos como combustíveis. “Temos cada vez mais caminhões movimentando combustíveis, seja etanol, diesel, gasolina ou biodiesel”, afirmou.
A tragédia de domingo (6), evidencia, mais uma vez, a necessidade urgente de soluções estruturais e operacionais para a BR-101. A Fetrancesc, em alinhamento com o Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem), defende que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) inclua a construção do Túnel do Morro dos Cavalos na concessão da CCR ViaCosteira, no trecho Sul da BR-101, durante a revisão quinquenal prevista para 2025.
Este não é um caso isolado. O Morro dos Cavalos já foi palco de diversas interdições ao longo dos últimos anos. Em 2024, deslizamentos deixaram o trecho bloqueado por quase 48 horas. No início do ano, uma sequência de ocorrências causou transtornos significativos para motoristas e prejuízos ao setor de transporte rodoviário de cargas.
Fonte: Fetrancesc