O Fórum da Comarca de Ibirama sediou durante a manhã, tarde e noite de quarta-feira (27) a última etapa da audiência de instrução do prefeito Adriano Poffo (MDB) e do ex-secretário de Administração e Finanças, Fábio Fusinato, presos desde 27 de abril deste ano e réus na Operação Mensageiro.
A reunião iniciou por volta das 10h da manhã e contou com a presença de público nos primeiros momentos. Porém, a partir do início dos depoimentos de integrantes da empresa envolvida no caso, que foram ouvidos por videoconferência, o público foi convidado a se retirar do auditório e a audiência seguiu a portas fechadas.
O ex-secretário Fábio Fusinato e o prefeito Adriano Poffo (MDB), que estavam pessoalmente na audiência, acompanhados de testemunhas, advogados e familiares, prestaram depoimento entre a tarde e a noite de quarta-feira (27), também a portas fechadas.
Após o término da audiência de instrução, os réus voltaram aos presídios onde estão custodiados preventivamente há exatos cinco meses. Com esta audiência, a etapa de instrução do processo está encerrada e agora ele segue para a fase de sentença.
O que dizem as defesas dos réus de Ibirama na Operação Mensageiro
Segundo o advogado Miguel Soar, que representa a defesa de Fábio Fusinato, o depoimento do réu ocorreu normalmente e o pedido de soltura que seria apresentado por ele deve ser analisado pela Justiça futuramente.
Após o término da audiência, no final da noite de quarta-feira (27), a defesa de Adriano Poffo (MDB) se manifestou por meio de nota. Nela, os advogados Bernardo Fenelon, Raíssa Frida Isac e Yasmin Brehmer Handar dizem esperar que, em breve, a Justiça será restabelecida contra o prefeito preso.
“NOTA PARA A IMPRENSA
Diante do encerramento da instrução processual, tornou-se ainda mais evidente a inocência do Prefeito Adriano Poffo. Conforme já esperado, todos os colaboradores reforçaram que nunca houve qualquer tipo de negociação espúria com o Prefeito. Este cenário apenas demonstra o que temos afirmado desde o início: as acusações baseiam-se em meras suposições e estão desacompanhadas de provas concretas. Versões distorcidas dos fatos, tentativas confusas de imputação de responsabilidade e confissões desesperadas dos agentes públicos realmente culpados já eram esperadas e serão rebatidas com veemência. Esta Defesa Técnica permanece, mais do que nunca, confiante e otimista de que a justiça, em breve, será restabelecida. Estamos seguros de que a integridade e o comprometimento do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, sob a condução da Desembargadora Relatora Cythia Schaeffer, demonstrados durante todo o processo, conduzirão a uma resolução imparcial e justa.
Brasília, 27 de setembro de 2023″.
Foto/crédito: Gabriela Szenczuk/NDTV