O caminho está ficando mais longo para quem sonha em ser juiz. Além do tradicional concurso público, agora vai precisar passar também por um exame nacional para magistrados.
A decisão de implementar a prova partiu do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, como um pré-requisito para os candidatos de todo o país prestarem o concurso público.
A ideia do exame é simplificar a vida dos candidatos, já que traz padronização para uma primeira etapa — algo próximo do que os advogados passam na OAB, onde precisam ser aprovados em duas fases da prova.
Como funciona hoje?
Os concursos para juiz existem há mais de 100 anos. São necessários pelo menos oito anos de preparação: cinco para se formar em Direito e pelo menos mais três de experiência trabalhando na área jurídica.
Há provas de múltipla escolha, escrita, oral, exame físico e de sanidade mental, além da famosa investigação da “vida pregressa”. Na prática, portanto, o exame nacional poderá representar uma economia global para o Judiciário, uma vez que a primeira etapa é a que mais custa aos cofres públicos, pela grande quantidade de candidatos.
Agora, o Conselho Nacional de Justiça — órgão que supervisiona os tribunais do país — tem 30 dias para elaborar as regras do novo teste.
Curiosidade: Um juiz pode ganhar até R$ 44 mil, que é o salário de um ministro do STF, e a remuneração média para quem entra na magistratura é de R$ 35,7 mil.
Fonte: thenews
Foto: Edilson Rodrigues/Agência