A primeira semana da temporada de verão em Santa Catarina terminou com crescimento no número de casos de afogamentos. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar, entre 16 e 24 de dezembro, sete casos foram registrados no Estado — um aumento de 40% ao comparar com o mesmo período do ano passado. Os adolescentes são as principais vítimas.
Os dados foram divulgados pela corporação nesta terça-feira (26) e fazem parte da Operação Veraneio, que teve início em 16 de dezembro. Das mortes registradas, três foram em áreas privativas, uma em água salgada e três em água doce. No ano passado, foram duas mortes em água salgada, duas em água doce e uma em área privativa.
De acordo com os bombeiros, todas as mortes causadas por afogamento ocorreram em áreas onde não havia a presença de guarda-vidas. A média de idade das vítimas é de 14 anos, sendo três homens e uma mulher — a estatística leva em conta apenas os casos em água doce e salgada.
Além disso, quatro casos de afogamentos, seguidos de morte, estão sob investigação. Ainda segundo a corporação, 221 pessoas foram salvas durante o período, um crescimento de 5,7% em relação ao ano passado, quando 209 pessoas deixaram de se afogar.
Ocorrências de águas-vivas aumentam 817%
Os bombeiros também divulgaram dados a respeito das ocorrências com águas-vivas. Em 2023, 917 casos já foram registrados, um aumento de 817% em relação a temporada passada, quando foram 100 casos no período.
A corporação alerta sobre a importância de verificar se há bandeira lilás no posto de guarda-vidas antes de entrar no mar, já que ela indica a presença das águas-vivas. Em caso de ferimentos, a orientação é colocar vinagre no local. A população que tiver contato com o animal pode procurar os postos, já que os profissionais possuem vinagre para este primeiro atendimento.
Veja dicas para curtir a praia com segurança
O CBMSC alerta para algumas práticas fundamentais para a segurança do banhista:
– Busque locais onde há serviços de guarda-vidas;
– Fique atento à sinalização dos postos. Bandeira vermelha significa alto risco de afogamento; bandeira amarela, médio risco de afogamento; e bandeira verde, baixo risco de afogamento. Há ainda a bandeira lilás, que indica presença de água-viva, e a bandeira preta, que indica que aquele posto está desativado;
– Preste atenção especial à sinalização na faixa de areia, em que a bandeira vermelha triangular significa que aquele local é perigoso. A mesma bandeira normalmente sinaliza, também, que há uma corrente de retorno;
– Respeito aos avisos e alertas dos guarda-vidas;
– Caso seja surpreendido por uma corrente de retorno, mantenha a calma e nade paralelamente à praia buscando um banco de areia. Jamais nade contra a corrente, em direção à praia. Peça ajuda sinalizando com os braços;
– Evite nadar ou mergulhar próximo aos costões;
– Após uma refeição ou ingestão de bebida alcoólica, não entre na água;
– Se for queimado por uma água-viva, não esfregue o local e nem utilize água doce para lavar. A indicação é para o uso de vinagre.
Fonte: Luana Amorim / Diário Catarinense / NSC Total