Com a mudança, o esquema vacinal será composto por três doses da vacina aos 2, 4 e 6 meses, e uma dose de reforço aos 15 meses
A partir desta segunda-feira (4), o Ministério da Saúde implementou uma mudança no esquema vacinal contra a poliomielite. Agora, a proteção será composta exclusivamente pela vacina inativada poliomielite (VIP), deixando de lado a vacina oral conhecida como “gotinha”. Essa atualização, baseada em avanços científicos, busca aumentar a eficácia e segurança na prevenção da doença.
Segundo Eder Gatti, diretor do Programa Nacional de Imunizações, essa nova estratégia segue uma tendência mundial, já adotada em países como Estados Unidos e nações europeias, onde a vacina injetável é preferida. O Ministério da Saúde está substituindo as duas doses de reforço com a gotinha pela injetável, que tem uma plataforma mais segura.
Com a mudança, o esquema vacinal será composto por três doses da vacina inativada poliomielite aos 2, 4 e 6 meses, e uma dose de reforço aos 15 meses. A meta do Ministério da Saúde é alcançar uma cobertura de 95% até o final do ano. Em 2023, a taxa de cobertura da vacina inativa poliomielite foi de 86,5%, enquanto a gotinha atingiu 78,2%, segundo dados da Rede Nacional de Dados em Saúde.
O Brasil está há 34 anos livre da poliomielite, graças ao sucesso da vacinação em massa. Após anos de declínio nas coberturas vacinais desde 2016, o país reverteu a tendência em 2023, aumentando a adesão a 13 dos 16 imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação.
Apesar da mudança, o famoso personagem Zé Gotinha, criado nos anos 1980, continuará sendo um símbolo da vacinação e da saúde pública.
Fonte: Ministério da Saúde