O deputado estadual Antídio Lunelli teve aprovada por unanimidade pela Alesc uma moção solicitando a revogação do decreto desarmamentista assinado pelo presidente Lula, que pode inviabilizar a prática de tiro esportivo no Brasil, além de causar o fechamento de muitos clubes de tiro e ferir a liberdade individual.
Conforme o parlamentar, a medida desrespeita a tradição de muitas regiões de Santa Catarina e também tira o direito do cidadão brasileiro de se defender.
“Já existem normas claras e rígidas, que podem ser aperfeiçoadas, para garantir que só terá direito a posse e ao porte de armas aquelas pessoas que cumprirem uma série de requisitos legais”, citou.
Em discurso na tribuna, o parlamentar disse ainda que “o governo federal tem sido valentão para tirar os direitos do cidadão comum e, ao mesmo tempo, covarde, porque mantém a bandidagem altamente armada”.
Lunelli reforçou que as estatísticas mais recentes no Brasil mostram que o número de homicídios caiu no país, a medida que cresceu o número de armas legais nas mãos de cidadãos.
Já na questão do tiro esportivo, o deputado saiu em defesa dos atletas e alertou que o decreto do governo dificulta o treino para competições nacionais e internacionais e gera uma série de impasses podendo até mesmo acabar com algumas competições.
Atualmente, na Confederação Brasileira de Tiro Esportivo, são mais de 17 mil atletas cadastrados e um total de 30 mil atletas de Tiro Esportivo filiados em federações estaduais.
“O tiro esportivo não pode ser alvo de discriminação ideológica. A prática faz parte do nosso contexto cultural e, como esporte Olímpico, deve ser fomentada”, aponta.
O ex-prefeito de Jaraguá do Sul também saiu em defesa das sociedades de atiradores e disse que, por ignorância, parte da imprensa e da esquerda “míope” ligam as tradições germânicas à violência.
“O fato é que somos a região mais segura do Brasil porque valorizamos as pessoas do bem, damos liberdade a elas, e encaramos a bandidagem como ela deve ser encarada, com o rigor da lei”.
Lunelli lembrou que o decreto, por enquanto, não afeta diretamente as sociedades de tiro, mas ressalta que, medidas como essa, aumentam o preconceito em relação às atividades.
A moção aprovada será encaminhada à bancada catarinense, ao Ministério da Justiça e ao governo federal.