A doença bacteriana infecciosa tem sintomas iniciais que se assemelham aos de um resfriado
O número de casos de coqueluche, popularmente conhecida como “tosse comprida”, tem aumentado em Santa Catarina. Essa infecção bacteriana apresenta sintomas iniciais semelhantes aos de um resfriado comum, mas o que mais a caracteriza é a tosse persistente. Em casos graves, o paciente pode sofrer falta de ar e até vômitos após os episódios de tosse. De acordo com a enfermeira Josiane Verdi Schaade, responsável pela Vigilância Epidemiológica da Gerência Regional de Saúde de Rio do Sul, em 2014, Santa Catarina registrou mais de 250 casos confirmados de coqueluche. No Alto Vale, o número também chama atenção, com seis casos positivos da doença.
“Nos últimos anos, de 2021 a 2023, Santa Catarina registrou uma média de apenas quatro casos anuais de coqueluche. No entanto, em 2024, esse número já aumentou para 106 casos confirmados, incluindo dois óbitos. No Alto Vale, nós temos alguns casos em investigação e seis casos confirmados da doença”, ressaltou.
Para combater a coqueluche, o Ministério da Saúde implantou a vacina DTP acelular, que protege contra difteria, tétano e coqueluche. A vacina é aplicada em gestantes a partir da 20ª semana de gestação, com o objetivo de imunizar tanto a mãe quanto o bebê nos primeiros meses de vida.
“Os recém-nascidos só começam a receber a primeira dose da vacina contra a coqueluche a partir dos dois meses de idade. A orientação principal é que todas as gestantes mantenham sua vacinação contra a coqueluche em dia. O recém-nascido é o grupo de maior risco devido à fragilidade do sistema respiratório e à dificuldade de lidar com a tosse intensa causada pela doença. A recomendação se estende a todos, reforçando a importância de conhecer os sintomas e buscar ajuda médica em casos de tosse persistente”, concluiu.
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