Nesta quinta-feira (1º), o superintendente Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, MDA em Santa Catarina, José Fritsch, realiza a apresentação do Plano Safra 2024/2025. A cerimônia ocorre nesta manhã, no auditório do Instituto Federal Catarinense (IFC), campus Rio do Sul, no Bairro Jardim América.
Neste ano, o Plano Safra alocará R$ 77 bilhões em investimentos, com a possibilidade de alcançar até R$ 83 bilhões, conforme informou José Fritsch, superintendente do MDA. Segundo Fritsch, “o valor anunciado é para todo o país, não há um montante específico para cada estado. O Plano Safra 2024-2025 tem um orçamento inicial de R$ 77 bilhões, podendo ser acrescido de até R$ 86 bilhões adicionais. Esses recursos cobrirão financiamento para a safra dos agricultores, aquisição de equipamentos e máquinas, processos produtivos, apoio às cooperativas e também financiamentos voltados para mulheres e jovens envolvidos na transição agroecológica, um aspecto crucial. Além disso, o Plano Safra 2024-2025 oferece uma redução nas taxas de juros, que agora variam de 3% a 2,5%, resultando em uma diminuição média superior a 1% no custo do financiamento para os agricultores.”
Financiamento para Agricultura Familiar
Entre as inovações deste ano, destaca-se o financiamento para pequenas máquinas adaptadas à agricultura familiar, um avanço significativo em relação ao ano passado, como destaca Fritsch. “Este ano, o Plano Safra inclui o financiamento de pequenas máquinas adaptadas para a agricultura familiar. Atualmente, existem muitos equipamentos que podem ser adaptados a essas máquinas menores, tornando-as muito mais econômicas. Por exemplo, ao invés de um trator que custa entre R$ 300 mil e R$ 400 mil, é possível adquirir um equipamento com tração a diesel e acessórios por menos de R$ 70 mil. Esses equipamentos podem realizar várias funções, o que é um grande diferencial. Além disso, em pequenas propriedades, quanto menor o peso da máquina, menor a compactação do solo.”
Critérios Necessários
O superintendente do MDA, José Fritsch, também esclareceu os critérios para que os produtores possam participar do programa. “Para participar, o agricultor deve ter o cadastro de agricultor familiar, que quase todos já possuem, embora existam algumas dificuldades em certas regiões. É essencial ter essa certificação, pois o cadastro é vinculado à família do agricultor e é o documento fundamental. Além disso, é importante que o agricultor esteja em dia com suas questões financeiras e não tenha pendências no Serasa, o que pode ser um desafio devido às recentes enchentes. No entanto, há flexibilizações para garantir que os agricultores não sejam excluídos do programa, desde que eles possuam a terra, a residência, experiência e competência para lidar com a agricultura. Estamos orientando as assessorias, como a Epagri, que colaboram conosco nesse processo, incluindo o crédito fundiário.”