A apuração envolverá inicialmente os anos de 2023 e 2024
Foi aprovado na noite de segunda-feira (19), na sessão da Câmara de Vereadores de Ibirama, a criação da primeira Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da história da cidade. A comissão pretende investigar o pagamento e o recebimento indevido de diárias relacionadas a viagens realizadas com veículos da Prefeitura de Ibirama nos últimos anos, além de ‘rachadinhas’. Há relatos de trabalhadores citados em viagem, mas que estavam em horário de expediente, além de câmeras de segurança e rastreadores nas ambulâncias mostrarem que os veículos não saíram da cidade em períodos que diárias foram cobradas.
A apuração envolverá inicialmente os anos de 2023 e 2024. A criação da CPI foi aprovada por unanimidade pelos parlamentares. Após a aprovação, foi realizado um breve recesso para escolha e definição da composição da comissão responsável pela investigação, formada por cinco vereadores e servidores efetivos. O grupo terá um prazo inicial de 120 dias para conduzir os trabalhos, com poderes para requisitar documentos, convocar testemunhas e coletar provas, inclusive junto a outros órgãos públicos.
Ao término dos trabalhos, será elaborado um relatório com as conclusões da CPI e, se necessário, o encaminhamento das informações ao Ministério Público e demais instâncias competentes.
A CPI
A CPI foi proposta pelo presidente da Câmara de Vereadores de Ibirama, Saulo Eduardo Fonseca, que alega diversos relatos e depoimentos de servidores públicos denunciando o pagamento de diárias por viagens que não teriam sido realizadas. O esquema envolveria ainda a divisão irregular de recursos entre algumas pessoas, chamadas de ‘rachadinhas’. Ele relatou que câmeras de segurança e rastreadores nas ambulâncias mostram que os veículos não saíram da cidade em períodos que diárias foram cobradas. Há relatos ainda de servidores públicos que estavam trabalhando, mas foram citados nas viagens. A CPI deve entrevistar servidores, pacientes e envolvidos, e o relatório final deve ser encaminhado ao Ministério Público.