A partir de 1º de janeiro de 2025, o salário mínimo no Brasil será reajustado para R$ 1.518. O novo valor, já previsto no texto final da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o próximo ano, será formalizado nos próximos dias por meio de um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O reajuste foi definido considerando a correção pela inflação e o crescimento econômico, seguindo critérios estabelecidos na LDO. A proposta, que prevê um aumento de 7,5% em relação ao valor atual de R$ 1.412, foi aprovada pelo Congresso Nacional três dias antes do recesso parlamentar. O novo cálculo utiliza o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado até novembro do ano anterior, além do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes — neste caso, 2023.
Apesar do reajuste de R$ 106, economistas apontam que o aumento não deve melhorar significativamente o poder de compra da população. Isso ocorre porque o novo cálculo faz parte de um pacote fiscal que busca controlar os gastos públicos, limitando despesas ao crescimento econômico e à inflação. Assim, o salário mínimo integra o arcabouço fiscal, o que impacta diretamente no orçamento federal.
Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em 2024 o salário mínimo foi referência para a remuneração de 59,3 milhões de brasileiros.
Orçamento e meta de déficit zero para 2025
A Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2025 mantém o compromisso do Governo Federal com a meta de déficit zero, ou seja, as despesas devem se igualar ou ser inferiores à arrecadação. No entanto, a LDO também prevê uma margem de tolerância de até R$ 31 bilhões nas contas públicas, permitindo certa flexibilidade nos gastos.
A aprovação do orçamento, que inclui essa margem bilionária, foi uma das principais discussões durante a análise da LDO. No final, o texto foi aprovado, beneficiando o Executivo com maior maleabilidade na administração fiscal do próximo ano.
Fonte: ND +