A barragem de José Boiteux amanheceu neste domingo (8) com as comportas abertas. Apesar do comunicado do governador Jorginho Mello, feito no começo da noite de sábado (7) e da decisão da Justiça Federal pelo fechamento, a estrutura ainda não pôde ser operada por causa de impasse com a comunidade indígena.
Às 5h15min deste domingo, o coronel Armando, chefe da Defesa Civil de Santa Catarina, confirmou que ainda não tinha sido possível fechar as comportas e equipes estavam no local em negociação com o povo Xokleng. Um delegado da Polícia Federal também foi para José Boiteux de madrugada para tentar resolver a situação e permitir que técnicos acessem a estrutura.
Ainda segundo Armando, há duas equipes no local aptas para fechar as comportas com ferramentas hidráulicas externas, uma vez que a casa de máquinas da barragem está sem equipamentos há anos, após outro impasse entre Estado e Xoklengs.
Imagens compartilhadas por moradores das aldeias de José Boiteux mostram que a Polícia Militar foi a primeira a chegar ao local, encaminhada pelo governador Jorginho Mello. Moradores queimaram pneus no meio da estrada como protesto e a situação ficou tensa. A Polícia Federal chegou na terra indígena de madrugada para tentar resolver a situação, mas até as 5h15min não tinha conseguido.
O chefe da Defesa Civil de Santa Catarina disse que engenheiros da Eletrosul e também do Estado estão no local para avaliar a estrutura antes da operação — isso quando houver fim ao impasse. Coronel Armando disse ainda que não é possível afirmar quanto tempo será necessário para fechar as comportas após a liberação da comunidade indígena.
De acordo com o coronel Olímpio Menestrina, da Defesa Civil de Blumenau, a estrutura pode reduzir em até dois metros o nível da cheia na maior cidade do Vale do Itajaí.
Informações NSC
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