A coordenadora da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), do Poder Judiciário de Santa Catarina, desembargadora Hildemar Meneguzzi de Carvalho, apresentou nesta quinta-feira (21), detalhes sobre a Campanha Sinal Vermelho, na comarca de Rio do Sul.
O objetivo da passagem da desembargadora pela cidade do Alto Vale do Itajaí é intensificar a disseminação da campanha por todo o Estado a partir das cidades polos.
Para a juíza Juliana Andrade da Silva Silvy Tholl, que assumirá na próxima quarta-feira (27) como titular da Vara Criminal da comarca de Rio do Sul, campanhas como essa contribuem de sobremaneira para a concretização dos direitos humanos das mulheres.
“A Campanha Sinal Vermelho é de suma importância para o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher. Trata-se de uma simples, mas poderosa ferramenta colocada à disposição das vítimas, que, muitas vezes, subjugadas por seus agressores, não possuem condições de procurar as autoridades. Assim, com um sinal “X” nas palmas de suas mãos ou em um pedaço de papel, conseguem denunciar o cenário de violência no qual estão inseridas”.
A apresentação ocorreu no Tribunal do Júri da comarca de Rio do Sul, no Fórum de Justiça, localizado na Rua XV de Novembro, no Bairro Laranjeiras, às 17h.
Campanha Sinal Vermelho
A campanha Sinal Vermelho, nasceu da urgência em auxiliar as mulheres vítimas de violência doméstica durante o período de isolamento social ocasionado pela pandemia de Covid-19.
Idealizada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a campanha Sinal Vermelho passou a ser um dos instrumentos de denúncia contra a violência doméstica.
Na prática, toda mulher que estiver sob ameaça de violência doméstica e familiar pode alertar sobre essa situação ao riscar um “X” na palma da mão e apresentá-la em locais públicos ou estabelecimentos comerciais. Dessa forma, os atendentes treinados, vão identificar a situação e acionar a Polícia Militar.
Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), atualmente as vítimas já podem contar com o apoio de aproximadamente 15 mil farmácias, drogarias, prefeituras, órgãos do Judiciário (Justiça Eleitoral ou cartório extrajudicial) e agências do Banco do Brasil ao longo de todo o território brasileiro.
Foto/crédito: Rodrigo Horst