O governo do Estado quer sugestões sobre a operação das barragens no Alto Vale do Itajaí. A consulta pública foi aberta nesta segunda-feira (7), pela internet. Cidadãos comuns, sem conhecimento técnico, e também especialistas na área podem ler o atual manual de operação das três estruturas e dar contribuições até 8 de novembro. Serão, ao todo, 30 dias para participação popular. O endereço para participar é https://www.defesacivil.sc.gov.br/.
A decisão de ouvir a comunidade ocorre um ano após a região sofrer uma série de enchentes e a abertura e o fechamento das comportas entrar no centro de um polêmica, com críticas a forma como a Defesa Civil de SC conduziu a situação. À época, o prefeito de Taió, Alexandre Purnhagen, disse que as comportas da barragem na cidade não eram abertas para a água não descer para Blumenau.
O vídeo com essa fala viralizou na internet e o governador Jorginho Mello (PL) se apressou em informar que havia autorizado a abertura das comportas da barragem de Taió, para tranquilizar os moradores.
Manual atualizado e aberto a sugestões
O manual de operação das barragens de Taió, Ituporanga e José Boiteux passou por atualização recentemente e começou a prever novos cenários, como o que fazer quando as estruturas estiverem prestes a verter — o que ocorreu com as três no ano passado. O documento também considera agora o impacto de comportas que não podem ser operadas, a exemplo de José Boiteux e Ituporanga.
O arquivo está disponível neste link para conhecimento da comunidade. Ali também há um formulário para quem desejar dar contribuições de como aprimorar a operação das barragens.
— A consulta pública é uma forma de trazer mais transparência e aprimorar as ações da Defesa Civil, ouvindo tanto os especialistas quanto os cidadãos. Estamos abertos a todas as contribuições, pois acreditamos que esse diálogo vai fortalecer ainda mais a gestão de riscos em nosso estado — diz o Secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, Fabiano de Souza.
Segundo o governo do Estado, todas as contribuições recebidas serão analisadas pelos técnicos da Defesa Civil, e, se pertinentes, incorporar as mudanças ao manual.
Fonte e foto: Defesa Civil