Segundo o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) ele está foragido e faz parte da lista de procurados da Interpol. Ele era lotado na Seção Judiciária de Santa Catarina, em Florianópolis, e trabalhava home office nos Estados Unidos. Entre dezembro de 2017 e abril de 2019 ele e outro homem, também condenado, teriam roubado 2.538.326,31 dos cofres públicos.
Conforme o TRF4, o ex-servidor conseguiu informações sobre contas bancárias antigas com depósitos judiciais de processos arquivados. Com esses dados, ele desviou valores que estavam em contas judiciais da Justiça Federal para seu sócio em uma empresa.
Para desviar o dinheiro público, ele elaborava ofícios para que magistrados do tribunal federal assinassem e autorizassem a transferência para as contas bancárias do sócio e da empresa.
Ele foi alvo de um processo administrativo em janeiro de 2022, e acabou demitido por atos de improbidade administrativa e crimes contra a Administração Pública. Ex-servidor e sócio são condenados à prisão e a devolver R$ 2 milhões roubados
O juízo da 7ª Vara Federal de Florianópolis condenou o ex-servidor à 15 anos, 3 meses e 15 dias de prisão por peculato. Já o sócio, que não era um servidor público, foi condenado a 9 anos, 4 meses e 15 dias de prisão pelo mesmo crime.
Ele está foragido desde que teve a prisão preventiva decretada pelo TRF4 e foi incluído na lista de procurados pela Interpol (Difusão Vermelha da Organização de Polícia Internacional).
O juiz federal Roberto Lima Santos também determinou que a dupla ressarça R$ 2.538.326,31 — valor equivalente ao que foi roubado — aos cofres públicos.
A justiça também decidiu que bens dos homens serão apreendidos para ressarcir os cofres públicos.
Fonte: ND+
Foto: Daniel Queiroz/Divulgação/ND