O Exército vai refazer as passarelas flutuantes para pedestres que foram instaladas em rios do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul. As travessias improvisadas cederam com as fortes chuvas da última quinta-feira (23). As informações são da Agência Brasil.
Após as pontes originais serem destruídas com as correntezas provocadas pelas chuvas no Estado, o Exército improvisou as passadeiras — como são chamadas as passarelas de madeira instaladas sobre botes. Essas passadeiras romperam na última semana, entre Lajeado e Arroio do Meio, no Rio Forqueta; e em Candelária, no Rio Pardo.
“Menos de 24 horas depois do rompimento de três passarelas flutuantes, unidades de Engenharia do Exército mobilizaram-se rapidamente e já enviaram novas estruturas para a substituição e garantia do bem-estar da comunidade”, informou o órgão.
As novas travessias vêm de unidades militares de São Borja (RS), Tubarão (SC) e Palmas (PR) e serão instaladas assim que as condições de segurança dos rios e climáticas permitirem.
Durante a manhã desse sábado (25), o Exército realizou a preparação da margem do Rio Forqueta para o acesso de pedestres e embarcações. Ao meio-dia, os militares iniciaram a travessia dos moradores em botes, restabelecendo o fluxo no local.
Fluxo intenso
No domingo (19), a reportagem da Agência Brasil percorreu parte do Vale do Taquari e registrou a movimentação de pessoas na passarela montada próxima ao local onde ficava a ponte da rodovia estadual RS-130, entre Lajeado e Arroio do Meio.
O fluxo de pessoas que atravessava de um lado para outro era intenso, em procedimento organizado por militares do Exército. É obrigatório atravessar com coletes salva-vidas.
Como a passarela é estreita, de “mão única”, os grupos de cada margem são liberados de forma alternada. Pessoas idosas, com mobilidade reduzida e crianças têm ainda mais dificuldade, já que a travessia exige que se desça pelo barranco íngreme escorregadio, encharcado pela chuva.
No último sábado (18), o governador Eduardo Leite anunciou a construção de uma nova ponte no local, que deve custar cerca de R$ 14 milhões e levar mais de 180 dias para ser erguida.
De acordo com o último balanço da Defesa Civil do Estado, divulgado na manhã deste domingo (26), 169 mortes foram confirmadas até o momento. Há 56 pessoas desaparecidas e 581.638 ficaram desalojadas. Ao todo, 55.813 pessoas encontram-se em abrigos temporários espalhados pelo Estado.
Com informações de Mariana Barcellos/NSC
Foto: Rafa Neddermeyer, Agência Brasil