Anvisa alerta sobre domínios falsos e pede denúncia de perfis suspeitos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) identificou anúncios falsos em redes sociais e na internet sobre a venda de medicamentos agonistas GLP-1, conhecidos popularmente como “canetas emagrecedoras”, incluindo o Mounjaro (tirzepatida).
Segundo a agência, os anúncios oferecem os medicamentos de forma gratuita ou a preços muito baixos, alegando que seriam disponibilizados pelo governo federal após cadastro. “Atenção: os anúncios são falsos. A Anvisa não comercializa medicamentos nem intermedeia sua venda. Alguns anúncios simulam o site oficial da agência. O domínio gov.anvisa.org não pertence à Anvisa”, alertou a nota.
A Anvisa reforça que a compra de medicamentos deve ser feita apenas em farmácias e drogarias regularizadas, sempre com acompanhamento médico. “Se você encontrar publicações desse tipo, denuncie! E não clique em links suspeitos”, orienta a agência.

Como evitar o golpe da “caneta emagrecedora gratuita”
- Evite clicar em links de ofertas suspeitas.
- Desconfie de medicamentos oferecidos gratuitamente ou a preços muito baixos mediante cadastro.
- Verifique o endereço do site: domínios oficiais terminam em .gov.br; domínios como “gov.anvisa.org” são falsos.
- Compre apenas em farmácias e drogarias legalizadas, exigindo receita quando necessário.
- Denuncie perfis e páginas suspeitas nas redes sociais e aos órgãos competentes.
Contexto regulatório e cuidados com a medicação
O alerta da Anvisa ocorre em um cenário de maior controle sobre a dispensação de agonistas de GLP-1, como semaglutida e liraglutida. Desde junho, farmácias estão obrigadas a reter a receita desses medicamentos, medida aprovada pela diretoria colegiada da agência para reduzir o uso indiscriminado e minimizar riscos de efeitos adversos.
Em agosto, a Conitec recomendou que semaglutida e liraglutida não fossem incorporadas ao SUS, citando um impacto financeiro estimado de R$ 8 bilhões por ano.
Como funcionam os golpes com “canetas emagrecedoras”
Os anúncios falsos frequentemente simulam páginas oficiais, utilizam selos e nomes de órgãos públicos e solicitam dados pessoais em troca de supostos benefícios. O uso de domínios falsos e a oferta de medicamentos fora das farmácias são sinais claros de fraude.
Especialistas reforçam a necessidade de prescrição e acompanhamento rigoroso desses medicamentos, destacando que a decisão de não incorporá-los ao SUS evidencia a importância de avaliar custo-efetividade e segurança antes do uso.
Fonte: Agência Brasil / ND Mais












