O governo federal anunciará nesta quarta-feira (16) se retornará ou não ao horário de verão no Brasil. A decisão será comunicada no início da tarde, após uma reunião entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e outros membros do governo.
Silveira receberá novos dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sobre a possibilidade de reintroduzir o horário de verão. A expectativa é que a medida possa ser retomada, caso o ONS indique que é realmente necessária. O horário de verão não é adotado desde 2019.
Se a decisão for favorável, uma nova data para a implementação será estabelecida. De acordo com o jornal O Globo, Lula já decidiu que o horário especial não será reinstaurado antes do segundo turno das eleições, marcado para 27 de outubro. Segundo Silveira, um prazo mínimo de 20 dias é necessário para a implementação da medida após a decisão, sendo que o período mais relevante para o horário de verão seria entre 15 de outubro e 30 de novembro.
— A importância do horário de verão é maior entre 15 de outubro e 30 de novembro. Embora ele tenha relevância depois, essa importância diminui — afirmou o ministro na semana passada.
A discussão sobre o retorno do horário de verão ganhou destaque devido à seca intensa que o Brasil enfrenta, embora tenha perdido força com o início da temporada de chuvas e a pressão de setores como as companhias aéreas, que teriam que reestruturar suas operações. No entanto, setores como turismo, bares e restaurantes ainda apoiam a volta do horário.
Desde setembro, o governo está debatendo a possibilidade de reintroduzir o horário de verão, que foi encerrado durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que alegou que a medida não gerava mais a economia esperada. Atualmente, o Brasil enfrenta a “seca mais intensa da história recente”, de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), que classifica a situação como a pior estiagem dos últimos 74 anos.
Embora a retomada esteja sendo considerada, Lula defende que a decisão seja estritamente técnica, conforme informações da CNN. Silveira reforçou que a volta da medida só ocorrerá se for absolutamente necessária.
— Se não for o caso, vamos aguardar o período hídrico, que começa em dezembro, e avaliar para o próximo ano — disse.