O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pediu à Polícia Civil mais esclarecimentos sobre o laudo pericial da BMW em que estavam quatro jovens que morreram em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, em 1º de janeiro.
As vítimas perderam a vida por asfixia após inalação por monóxido de carbono, segundo a perícia. O órgão analisa se faz uma denúncia sobre o caso. Duas pessoas, apontadas como responsáveis por modificações no carro, foram indiciadas.
As vitimas eram de Paracatu, e Patos de Minas, Minas Gerais, mas moravam há um mês na Grande Florianópolis, com familiares. O grupo estava na rodoviária de Balneário Camboriú quando as mortes ocorreram.
O MPSC não detalhou em quais pontos do laudo pericial da BMW pediu esclarecimentos, mas informou que são perguntas técnicas.
O órgão sugeriu um prazo de 30 dias para que a polícia responda. O pedido à Polícia Civil foi feito na terça-feira (20). A corporação informou que recebeu os questionamentos e os repassou à Polícia Científica.
Investigação
A investigação indiciou duas pessoas pelas mortes dos quatro jovens. O inquérito apontou que o responsável por fabricar e instalar a peça que rompeu e vazou monóxido de carbono para dentro do veículo não tinha curso para o serviço.
A informação é do delegado Vicente Soares, responsável pelo inquérito. “O responsável pela instalação não tinha qualquer formação, seja na área de mecânica. Tudo que ele apreendeu, conforme o próprio interrogatório, foi na prática, e a peça foi instalada nesta forma, sem observância das regras e dos padrões que se exigem”, disse.
Infográfico mostra possível falha em escapamento de carro — Foto: Arte/g1
A conclusão do inquérito foi divulgada exatamente um mês após as mortes. Segundo o delegado, uma falha mecânica após customização no carro levou o gás tóxico para dentro do carro e causou as mortes por asfixia. As alterações foram feitas em uma oficina de Goiás.
De acordo com a investigação, o proprietário de uma oficina de Aparecida de Goiânia/GO, de 35 anos, e um funcionário, de 48 anos, vão responder por quatro homicídios culposos, quando não há a intenção de matar, por imperícia.
Fonte G1 SC