O Rio Grande do Sul inicia o domingo (5) com a marca de 55 mortos pelas enchentes, ultrapassando o número da tragédia de 2023. Ainda de acordo com o boletim divulgado no sábado (4), 74 pessoas seguem desaparecidas e 107 estão feridas. Esta é a maior enchente registrada na história, segundo o governo estadual. Uma megaoperação foi montada para resgatar as vítimas.
Até a noite de sábado (4), a Brigada Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros Militar haviam resgatado 17.965 pessoas e 3.251 animais. Os locais mais críticos são Eldorado do Sul, Canoas, Porto Alegre (região das Ilhas) e São Leopoldo, que têm o maior número de pessoas ilhadas após o aumento no nível dos rios da Região Metropolitana de Porto Alegre.
Só na Serra gaúcha, 431 pessoas foram resgatadas, 145 delas por helicópteros. Por terra, foram 286 moradores levados para locais seguros.
A força-tarefa envolve equipes de todo o Brasil. Só de Santa Catarina, são mais de 30 homens, 11 embarcações, 10 viaturas e um helicóptero atuando para auxiliar as vítimas da tragédia. Um grupo de empresários também mobilizou 16 aeronaves para levar doações às cidades mais atingidas. Outros civis voluntários também prestam apoio, seja atuando diretamente com os afetados ou colaborando com donativos.
A partir deste domingo (5), três bases de suporte humanitário serão instaladas em Lajeado, Santa Cruz do Sul e Santa Maria. Elas receberão e distribuirão alimentos, água potável, medicamentos e kits de higiene às comunidades isoladas.
Mais de 82 mil pessoas estão fora de casa
Até a noite de sábado, a Defesa Civil gaúcha contabilizou 82,5 mil pessoas fora de casa, sendo 13,3 mil em abrigos e 69,2 mil desalojadas, que estão nas casas de familiares ou amigos.
Ao todo, 317 dos 496 municípios do Estado registraram algum tipo de problema, afetando 510,5 mil pessoas.