A Páscoa é celebrada por cristãos como a data que marca a ressurreição de Jesus Cristo após a crucificação. A data, que compreende também o fim da quaresma, não possui um dia específico e varia conforme o ano. Contudo, isso pode mudar a partir de 2025. As informações são da Exame.
A proposta de mudança surge para reunificar a celebração entre católicos e ortodoxos. Em uma reunião com o patriarca ortodoxo Bartolomeu de Constantinopla em 2022, o Papa Francisco expressou o desejo de ter uma data comum para que todos os cristãos celebrassem a ressurreição de Jesus.
Na época, tanto o líder ortodoxo quanto o arcebispo Job Getcha de Telmessos foram favoráveis a ideia. Por coincidência, os calendários terão a mesma data de Páscoa em 2025, que será no dia 20 de abril.
A aproximação entre os grupos religiosos se intensificou com o início da Guerra da Ucrânia. O país, inclusive, deixou de celebrar o Natal de acordo com a data indicada pela Rússia, e passou a fazê-lo pela data de Roma.
As Igrejas Luterana e Anglicana, na Inglaterra, também foram receptivas com a ideia de uma celebração conjunta. Contudo, um grupo ainda pode emperrar o desejo de reunificação da data, ou ficar de fora: o Patriarcado da Rússia.
Páscoa seria em data específica de abril
O Papa Francisco, líder da Igreja Católica, não negou a possibilidade de um “concílio de Niceia” para chegar a um consenso sobre a data unificada de Páscoa. Há especulações de que esse encontro entre lideranças das igrejas aconteça em Jerusalém ou em Iznik, na Turquia, a antiga “Niceia”.
Com a alteração, a Páscoa ficaria definida no segundo ou terceiro domingo de abril, o que traria alterações em outras datas como o Carnaval, comemorado 47 dias antes da Páscoa, e no Corpus Christi, celebrado 60 dias após a ressureição de Cristo.
A proposta seria um primeiro passo de um objetivo de Papa Francisco em seu papado, de gradualmente reaproximar católicos e ortodoxos.