A Polícia Federal realizou nesta terça-feira (5), a Operação Lanterna Verde, em Itapema e outros municípios de Santa Catarina, além de cidades no Rio Grande do Sul e Tocantins. O objetivo foi desarticular uma organização criminosa que se apresentava como uma empresa de extração de esmeraldas. Os criminosos captavam investimentos através de depósitos em Bitcoin, prometendo altos lucros que nunca eram pagos aos investidores.
Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e onze de busca e apreensão. As medidas judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Federal de Itajaí e também envolvem o bloqueio e o sequestro de bens dos investigados. Entre as cidades com mandados, além de Itapema, estão Balneário Camboriú, Itajaí e Ilhota em Santa Catarina, Farroupilha no Rio Grande do Sul e Paraíso do Tocantins.
Três mandados de prisão preventiva foram executados pela Polícia Federal em Santa Catarina. Dois desses mandados foram cumpridos em Balneário Camboriú e um em Itapema.
Onze mandados de busca e apreensão foram realizados, sendo sete distribuídos entre as cidades catarinenses. No Rio Grande do Sul, duas ações ocorreram em Farroupilha. Outros dois mandados foram cumpridos em Paraíso do Tocantins.
A investigação mostrou que a organização usava vídeos e bancos digitais próprios para simular um negócio legítimo. Para dar credibilidade ao esquema, convidavam personalidades conhecidas para viajar ao Brasil, onde participavam de eventos e recebiam prêmios.
Cerca de 2.500 vítimas diretas foram identificadas até o momento, vindas de ao menos 18 países. A estimativa é que aproximadamente 25 mil pessoas tenham sido lesadas pelo grupo criminoso, principalmente das Américas do Sul e Central, incluindo o Brasil.
Além das prisões, outras cinco pessoas foram indiciadas por diversos crimes, incluindo associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas para tais crimes podem chegar à máxima prevista pela legislação brasileira, que é de 30 anos de reclusão.
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