Em 2023, a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) prendeu 4.875 pessoas, por meio de cumprimento de mandado de prisão. O dado divulgado nesta quarta-feira 1º de novembro, pela Diretoria de Inteligência da PCSC, revelou mais um recorde: o crescimento de 61,21% no número de mandados de prisão cumpridos. A análise contempla o período de 01/01/2023 a 30/10/2023, sempre comparada a igual período do ano passado. O cruzamento de dados apontou ainda que 58,87% dos presos têm idades entre 25 e 44 anos, sendo que 89,99% são homens. Apenas nos últimos sete dias, a PCSC prendeu 67 pessoas por meio de cumprimento de mandado de prisão, em 43 municípios.
Ao comentar as informações, o delegado-geral da PCSC, Ulisses Gabriel, destacou que Santa Catarina é considerado o estado mais seguro da federação e que essa conquista é resultado da soma de esforços. “O governador Jorginho tem um grande objetivo para Santa Catarina que é transformar nosso estado em uma referência internacional. Na área da Segurança Pública nós estamos trabalhando com bastante afinco para que isso aconteça”, assinalou.
O delegado Ulisses comentou ainda que em relação a homicídios, a variação anual indicou queda de 4,57%, em SC, se comparado com igual período do ano passado. Outro dado destacado é o número de mortes por 100 mil habitantes. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública (publicado em 2023 com dados apurados em 2022), Santa Catarina foi considerado o segundo estado mais seguro. “Com o trabalho que estamos desenvolvendo neste ano, chegaremos ao final de 2023 como o estado com menor índice de homicídios por 100 mil habitantes”, projetou.
Elucidação de homicídios
Ou dado relevante para segurança pública dos catarinenses é a elucidação de crimes, porque isso mostra a qualidade da investigação desenvolvida pelos policiais civis. “A média atualmente é de 72% mas, até o próximo ano, nós queremos chegar a 75% ou 77%, que são os índices de resolução de crimes em países como a Holanda e o Canadá. Ao cabo de 2026, nossa meta é alcançar 89% da elucidação de mortes violentas. Todos os policiais civis estão empenhados em desenvolver uma ação muito intensa de combate à criminalidade”, assinalou.
Mandados de prisão
De acordo com o ranking das delegacias com maior número de prisões, as seguintes unidades se destacaram: Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Lages; DIC de Joinville; DIC de Blumenau; DIC/Fron Chapecó; DIC/Fron Xanxerê; DIC de Tubarão; DIC Jaraguá do Sul; DIC de Itajaí; DIC de Palhoça; 2ª DPCo/Fron Chapecó; DIC de São José; DIC de Laguna e Delegacia de Capturas (DECAP/DEIC).
Do total de 4.875 pessoas presas, 222 delas estavam em outros estados, sendo que 89 pessoas no Paraná; 54 em São Paulo; 33 no RS; 10 em MG e 5 no RJ, entre outros estados.
Mandado de Busca e Apreensão
Desde o dia 1º de janeiro, as equipes da PCSC cumpriram 6.538 mandados de busca e apreensão, sendo que a maioria deles foi cumprido em residências. “Isso implica em considerar que atuação da Polícia Civil de Santa Catarina cresceu 57,05% em relação ao cumprimento de mandados de busca e apreensão”, pontuou o delegado-geral.
As delegacias que apresentaram o melhor desempenho no cumprimento de mandados de busca e apreensão foram a Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Joinville; Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO/DEIC); DIC de Blumenau; Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE/DEIC); DIC de São José; Delegacia de Defraudações (DD/DEIC); Delegacia de Combate a Drogas/Florianópolis; Delegacia de Combate a Estelionato (DCE/Florianópolis); DIC/Fron Chapecó; DIC Lages; Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV/DEIC), DIC de Criciúma e DIC de Canoinhas.
Importante ressaltar que foram realizadas 535 buscas e apreensões em outros estados. Foram consumadas 209 buscas em São Paulo; 157 no Paraná; 85 no RS e 24 em Minas Gerais, para citar alguns exemplos.
Apreensão de drogas
A Polícia Civil ampliou consideravelmente as apreensões de drogas em Santa Catarina nestes primeiros 10 meses do ano. A apreensão de cocaína aumentou 182%; a de crack em 72%; a de ecstasy que bateu recorde nacional e foi de 3.091%. A apreensão de cocaína que também apresentou alta de 182% em relação ao mesmo período do ano passado e a de crack subiu em cerca de 72%.
Quebra do braço financeiro
Ao tirar a droga de circulação, bem como o sequestro de bens móveis e imóveis, o poder financeiro do crime organizado é fortemente atgingido. Exemplo disso foi a recente apreensão de cerca de R$ 1 bilhão em ativos de um grupo criminoso que atuava no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
O delegado-geral encerrou a análise dos dados enfatizando a importância da integração das áreas para a obtenção de todos esses bons resultados. “O comando do governador Jorginho Mello, somado as forças de segurança integradas, com apoio do Ministério Público e Poder Judiciário, tem um efeito direto no combate à criminalidade”, assinalou Ulisses Gabriel.