Neste sábado (5), a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), em conjunto com o Ministério Público Eleitoral (MPE), cumpriu sete mandados de busca e apreensão no município de Aurora. A ação investiga um suposto esquema de compra de votos relacionado a candidatos a prefeito e vice-prefeito.
As denúncias indicam que uma coligação estaria distribuindo “vales-mercado”, também conhecidos como sacolões, a eleitores em troca de votos, o que configura corrupção eleitoral. Durante a operação, foram apreendidos diversos materiais, incluindo documentos, vales, cadernos de anotações e aparelhos eletrônicos, que agora serão analisados pelas autoridades.
Além dos itens relacionados à investigação, a polícia encontrou cerca de 140 projeteis dos calibres .38 e .32, resultando na prisão em flagrante de um dos suspeitos. A operação mobilizou mais de 20 policiais, que atuaram em diversos alvos, incluindo estabelecimentos comerciais e residências.
O promotor de Justiça da 102ª Zona Eleitoral, Adalberto Exterkötter, destacou que o esquema envolve a troca de votos por vales, permitindo que os beneficiários os utilizem apenas após o período eleitoral. “A questão central é, realmente, a compra de votos no município de Aurora”, afirmou o promotor.
Até o momento, a polícia não divulgou os nomes dos suspeitos nem a quantidade de vales apreendidos, mas as investigações seguem em andamento para identificar todos os envolvidos no esquema. A compra de votos é uma prática ilegal prevista no Código Eleitoral, sujeita a punições severas tanto para quem oferece quanto para quem aceita as vantagens em troca do voto.