Uma cachorrinha da raça Shih Tzu morreu de forma trágica em um pet shop localizado no bairro Estreito, em Florianópolis, após ser deixada sozinha e amarrada por funcionários do estabelecimento. O caso ocorreu na quinta-feira (08) e foi divulgado pela Polícia Civil nesta segunda-feira (19). Dois funcionários foram indiciados pelo crime de maus-tratos com agravante de morte.
Segundo as investigações, o animal foi deixado no pet shop para banho e tosa. Após o procedimento, em vez de ser levada de volta ao canil, conforme determina o protocolo interno do local, a cadela foi amarrada pelo pescoço em uma bancada alta e deixada sozinha. Em um momento de agitação, ela caiu e acabou morrendo por enforcamento.
A Polícia Civil apurou que os funcionários descumpriram normas de segurança estabelecidas pelo próprio estabelecimento. O procedimento padrão prevê que, após a secagem, os animais sejam imediatamente devolvidos aos canis para garantir sua segurança física e psicológica.
Os dois colaboradores alegaram que a cachorra apresentava comportamento ansioso, e que por isso não era colocada no canil, justificando que ela se machucava, se sujava e causava transtornos no ambiente. No entanto, o tutor do animal negou qualquer comportamento agitado por parte da cadelinha. A Polícia Civil destacou que a justificativa não se sustenta, já que o protocolo existe justamente para preservar a integridade dos animais.
Ainda de acordo com o relatório policial, a cadela permaneceu amarrada por aproximadamente três horas, sem supervisão, sem acesso à água e sem espaço adequado para suas necessidades fisiológicas.
Ambos os funcionários envolvidos, a colaboradora que amarrou o animal e o colega que deixou o local sem supervisioná-la, foram indiciados por maus-tratos com resultado morte, conforme previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98, art. 32).
O caso gerou comoção nas redes sociais e acendeu o alerta para a necessidade de fiscalização mais rigorosa em estabelecimentos que prestam serviços a animais. O tutor da cadelinha Nana de 13 anos, estuda tomar medidas judiciais contra o pet shop.
Fonte: Joana Caldas / G1 SC