Preso desde o início do mês, o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), teve a liberdade condicional concedida na tarde desta quinta-feira (26). No entanto, ele não poderá voltar a exercer o cargo e precisará utilizar tornozeleira eletrônica, conforme decisão da desembargadora Cinthia Scheffer.
O prefeito foi detido no dia 3 de setembro, durante a Operação Caronte, desencadeada pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina). Além dele, outras 11 pessoas foram liberadas, incluindo o Secretário Municipal de Assistência Social, Bruno Ferreira, e o advogado Jefferson Monteiro.
Conforme a desembargadora, as prisões preventivas foram revogadas, pois surgiram novas informações sobre a operação. Assim, os motivos que justificavam a detenção não se sustentam mais e, portanto, a prisão dos envolvidos foi considerada inaplicável.
Foram impostas medidas cautelares para Clésio Salvaro, incluindo monitoramento eletrônico por 90 dias sem limitação de deslocamento, proibição de acessar redes sociais e órgãos públicos, e restrições de contato com outros denunciados e testemunhas.
Além disso, ele não poderá assumir qualquer cargo público por 120 dias, o que significa que não reassumirá a prefeitura até o fim do mandato.
Clésio Salvaro foi preso na segunda fase da Operação Caronte
Durante a segunda fase da Operação Caronte, além de Salvaro, outras nove pessoas foram presas por participação esquema de fraude nos serviços funerários da cidade.
Conforme o MPSC, os envolvidos foram denunciados pelos crimes de organização criminosa, fraudes licitatórias e contratuais, corrupções, crimes contra a ordem econômica e economia popular envolvendo a concessão de serviço funerário em Criciúma.
Já na primeira fase da operação, sete pessoas foram presas. Os envolvidos foram denunciados, no dia 20 de agosto, pelos mesmos crimes. Em cinco reportagens especiais, o ND Mais detalhou como funcionava o esquema que fraudava licitação pública, com a anuência do poder público, e que lesou a população de Criciúma.
Fonte: Polícia Civil