O prefeito de Ibirama, Adriano Poffo, voltou a receber salário em agosto de forma regular, apesar de estar detido no Presídio Masculino de Lages, desde o dia 27 de abril. O político foi preso preventivamente na quarta fase da Operação Mensageiro, que investiga suspeitas de corrupção no serviço de coleta de lixo.
De acordo com informações do Portal de Transparência da prefeitura, o chefe do Executivo municipal recebe um salário mensal de R$ 20 mil. Considerando os descontos legais sobre o montante, Poffo recebeu R$ 14.975.
No dia 11 de maio, a defesa do prefeito divulgou um comunicado à imprensa informando que ele solicitou licença de afastamento, suspendendo, assim, a cobrança do seu salário de prefeito. Essa licença tinha duração de 90 dias, que se encerraria no início de agosto e, não foi renovada.
As informações do Portal da Transparência também revelaram que em maio, quando foi solicitado o afastamento, o valor recebido de salário caiu para R$ 635. No mês de junho, quando a licença já estava em vigor, o prefeito não recebeu nenhum pagamento. Em julho, recebeu R$ 628 e, finalmente, em agosto, voltou a receber o salário integral.
Além disso, de acordo com o Portal da Transparência, o vice-prefeito de Ibirama, Jucélio de Andrade, também passou a receber o salário integral do prefeito desde que assumiu o cargo de prefeito interno.
Em resposta, a Prefeitura de Ibirama justificou que a legislação em vigor determina a continuidade dos pagamentos dos salários ao prefeito preso. Caso Poffo renuncie ou apresente outro pedido de afastamento, o pagamento será interrompido.
O advogado de Adriano Poffo, Hélio Brasil, esclareceu que esse direito está previsto na Lei 12.850, que autoriza o afastamento cautelar de agentes públicos de suas funções sem prejuízo em suas remunerações enquanto o processo não for julgado.