O Tribunal de Contas do Estado (TCE) enviou um ofício aos prefeitos de todos os 295 municípios de Santa Catarina pedindo que apresentem, em até 15 dias, o plano de contingência contra a dengue. A determinação partiu do conselheiro Luiz Eduardo Cherem, que já foi secretario de Estado da Saúde e é o relator temático das questões relacionadas à saúde que tramitam no TCE.
No documento que embasa o ofício, o conselheiro diz que a dengue não e um problema novo em SC, por isso não se admite falta de planejamento para conter o avanço da doença. Ele lembra, ainda, que a dengue provoca pressão sobre o sistema de saúde – e isso pode prejudicar o atendimento a outras emergências, causando um colapso em cadeia.
“O que se viu neste fim de semana em relação ao atendimento de casos de dengue foi preocupante. Havia pessoas sendo atendidas deitadas no chão dos hospitais porque os postos de saúde estavam fechados. Isso demonstra a clara falta de gestão do problema. As cidades grandes, que deveriam ter todas as condições de atendimento, não estão conseguindo dar conta da demanda de maneira correta, e isso ligou o alerta dentro do Tribunal para que a cobrança fosse feita. É inadmissível que um problema como a dengue, que se arrasta há anos, ainda cause situações como as que presenciamos em decorrência da falta de planejamento”, afirma Cherem.
A escalada da dengue acende o sinal de alerta em Santa Catarina. O Estado tem mais de 12 mil casos confirmados – quatro mil a mais do que na semana anterior, o que chama atenção para a velocidade das novas contaminações. Apesar disso, SC ficou de fora na primeira remessa de vacinas contra a dengue do Ministério da Saúde.
