Mais de 100 mil toneladas devem ser colhidas na região, com destaque para alta produtividade da região de Ituporanga
Iniciada na primeira quinzena de março e seguindo pelos próximos dois meses, a colheita da soja tem números expressivos no Alto Vale, superando a expectativa de produtores. Segundo relatório da Epagri, a região de Rio do Sul deve ser onde a produção vai mais crescer no Estado, com um total de 35%,
O gerente de desenvolvimento de produção da Cravil, Neimar Francisco Willemann, estima que mais de 100 mil toneladas devem ser colhidas na região. “Destaque para Ituporanga, Agronômica, Petrolândia e Santa Terezinha, porém a soja é uma cultura que está presente em quase todos municípios”, pontuou.
No total, 3,1 milhões de toneladas serão colhidas em todo Estado, 12% a mais que o último ano. Em relação à produtividade, que é a quantidade de quilos colhidos por hectare (10 mil metros quadrados), a expectativa é ainda maior. Enquanto, no Estado, o aumento deve ser de 9%, em Ituporanga, esse montante chega aos 18%. “Os números mostram que o crescimento aconteceu devido ao produtor enxergar na soja uma oportunidade de rentabilidade ao longo dos anos. Percebe-se também, que há necessidade de uma rotação de culturas, trabalhando com manejo estrutura de sua propriedade, atuando com culturas de inverno para que no verão o solo esteja coberto”, falou Willemann.
Ele destacou ainda, que a utilização de tecnologia dos produtores tem influenciado nos resultados. “Apesar de termos problemas de produtividade por conta do relevo, pequenas propriedades, além do próprio solo, que é mais uniforme, sempre tivemos produções boas, principalmente em Rio do Sul e Ituporanga. Isso se deve ao uso de tecnologia do produtor, que começa nessa cultura investindo em tecnologia. Em muitos casos, o produtor trabalha com a cebola que usa uma boa tecnologia e começa com a soja”, explicou.
O especialista apontou que a cultura da soja é nova no Alto Vale, comparada com outras regiões do país, mas se intensificou nos últimos anos. “Percebemos um crescimento de área plantada e um crescimento médio da produtividade na região, e ele se deve há alguns fatores, como o econômico. A cultura da soja tem trazido rentabilidade para o produtor, até alguns anos atrás a mecanização ainda não estava tão presente nas propriedades e na última década, os produtos investiram muito em equipamentos fazendo essa cultura estar presente desde a pequena propriedade, até a propriedade maior. Outro fator é que nossa região historicamente teve safras de milho, mas fatores climáticos e problemas com pragas tornou essa cultura suscetível, vendo um certo risco e migrando para a cultura da soja”, finalizou.