Os professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) votaram em assembleia, realizada nesta segunda-feira (17), pelo fim da greve dos docentes após 40 dias. No total, foram 206 votos favoráveis, 25 contrários e seis abstenções. Estudantes e servidores técnico-administrativos (TAES) continuam paralisados.
A greve dos professores da UFSC acompanhou a mobilização nacional que reúne cerca de 62 universidades federais de todo país. A paralisação colocou em pauta a educação pública federal, a situação de sucateamento das universidades públicas e a necessidade de recomposição do orçamento. Além disso, houve reivindicações sobre as diferenciações e hierarquias na carreira docente e as perdas salariais, em especial no que diz respeito aos professores aposentados.
No comunicado divulgado na noite desta segunda-feira, o comando de greve ressalta que: “o retorno às atividades laborais docentes no dia 18 de junho não significa o retorno imediato às aulas, considerando que há uma greve dos discentes e dos TAES em curso, as quais devem ser respeitadas”.
O comunicado também garante que há necessidade de discussão sobre o planejamento de retorno em cada departamento da universidade, assim como no Colégio de Aplicação. A Pró-Reitoria de Graduação e Educação Básica (PROGRAD) e o Conselho Universitário (Cun) devem se reunir nos próximos dias para a discussão do calendário de reposição das aulas.
“O desafio será o de respeitar as particularidades de cada curso/setor e de cada categoria combinado à necessidade de pensar a universidade na sua totalidade, sem fragmentá-la. Para tanto, é fundamental que o início do segundo semestre de 2024 seja unificado”, diz a nota.
Greve na UFSC
Os professores da UFSC entraram em greve no dia 7 de maio e se juntaram aos TAES que estão paralisados desde o dia 11 de março. Entre as principais reivindicações estavam: discussão do percentual de reajuste para 2027, o Piso Salarial do Magistério e a situações dos aposentados.
No dia 14 de maio, os estudantes da universidade também aderiram a greve.
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Fonte: Júlia Venâncio/NSC