A morte de Márcio Ramos, CEO da VR Brasil Patrimonial, empresa de investimentos imobiliários de São José, aumentou ainda mais os mistérios sobre a vida e os negócios do empresário. A empresa dele, que está sob investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, é suspeita de aplicar um golpe financeiro em mais de 2 mil pessoas que totaliza quase R$ 1 bilhão.
Relembre o caso VR Brasil
A empresa administrava e vendia cotas de investimentos imobiliários em Santa Catarina. Essas cotas eram adquiridas por investidores, com retornos de entre 1% a 5% ao mês sendo prometidos por conta da alta valorização imobiliária no estado, especialmente no litoral.
Quanto maior fosse o valor aportado pelo cotista, maior era o retorno. A cota mínima era de R$ 5 mil, mas alguns investidores chegaram a depositar um total de quase RS 1 milhão, segundo relatos.
Os pagamentos ocorreram normalmente até abril deste ano, quando foram encerrados e os cotistas não conseguiam mais acessar os valores investidos. Não se conhece o destino do dinheiro.
A situação piorou com a morte de Márcio Ramos, fundador da VR Brasil, em maio, o que dificultou ainda mais o acesso aos documentos e registros dos negócios da empresa. Desde então, ocorre uma longa disputa judicial entre os investidores e as pessoas ligadas à empresa.
‘Começou por baixo’: a origem de Márcio Ramos no ramo imobiliário
Márcio Ramos era corretor de imóveis registrado no CRECI/SC (Conselho de Corretores de Imóveis de Santa Catarina). Segundo relatos de parceiros de negócios, Ramos era retratado como um empreendedor que começou “por baixo”, ascendeu do zero e, devido a sua aptidão para os negócios, teria se tornado milionário.
Na RSK Trust, sua empresa mais antiga, ele trabalhou por 17 anos na corretagem de compra e venda de imóveis. Posteriormente, diversificou seus investimentos abrindo novos CNPJs, expandindo suas atividades empresariais, segundo apurado pelo ND Mais.
fonte: ND Mais