Mesmo com a diminuição no nível do Rio Itajaí do Oeste em Laurentino e Rio do Oeste, as áreas centrais das duas cidades permanecem alagadas nesta segunda-feira (16). Há quase três dias, não há registro de chuva intensa nas duas cidades.
A informação foi repassada tanto pelo chefe da Defesa Civil de Rio do Oeste, Josnei Moser, quanto pelo prefeito de Laurentino, Marcelo Tadeo Rocha (MDB), nesta manhã.
Situação da enchente em Rio do Oeste
Na última sexta-feira (13), havia cerca de cem famílias em abrigos devido ao nível elevado do rio Itajaí do Oeste e este número se manteve. O nível do rio na cidade está diminuindo lentamente, mas ainda encontra-se próximo dos 10 metros, segundo a Defesa Civil local.
Há também um número elevado de desalojados, que são as pessoas que saíram de casa em virtude da enchente mas que buscaram outros locais, que não são os abrigos fornecidos pela prefeitura.
Na manhã desta segunda-feira (16), a Defesa Civil de Rio do Oeste ainda não tinha uma estimativa de quantas pessoas estariam desalojadas, embora o número de desabrigados esteja similar ao da última sexta (13).
Há dois abrigos ativos na cidade, um na Escola de Ensino Fundamental Fortunato Tarnowski e outro na Paróquia Nossa Senhora Consolata. Ambos estão recebendo cestas básicas e mantimentos por meio de embarcações ou aeronaves. Equipes de ajuda humanitária também estão empenhadas no fornecimento dos donativos.
Na manhã desta segunda-feira (16), a cidade continuava isolada pela SC-350 no acesso por Laurentino. O acesso principal a Rio do Oeste se dá por meio da localidade Fruteira, que liga Rio do Oeste a Trombudo Central, passando por Laurentino.
Conforme o chefe da Defesa Civil de Rio do Oeste, foi feito um sobrevoo para averiguar a situação de famílias que moram em localidades no interior do município, onde há comunidades ainda isoladas, tanto por quedas de barreira quanto por pontos de alagamento.
Com relação ao trabalho de reconstrução da cidade, o coordenador da Defesa Civil local afirma que será possível fazer uma análise de tudo que será reconstruído somente após o fim do episódio climático.
Imagens feitas pela equipe da Defesa Civil de Rio do Oeste neste domingo (15) mostram como estavam as ruas do centro da cidade. Em algumas construções, a água ainda tomava todo o primeiro andar.
Ainda no domingo (15), o prefeito Arnildo Diogo Ferrari (Progressistas) e um Sargento do Corpo de Bombeiros Militar divulgaram que, devido a intenção de retomada das atividades nas empresas da cidade nesta segunda-feira (16), embarcações seriam colocadas à disposição dos trabalhadores para fazer sua locomoção pelas regiões alagadas.
Nesta segunda-feira (16), com a redução do nível do rio em alguns locais, já há relatos de moradores limpando as construções afetadas. Contudo, o comando do Corpo de Bombeiros Militar, pelas redes sociais da prefeitura, fez um apelo quanto ao uso consciente das embarcações como meio de transporte.