A Secretaria da Saúde de Rio do Sul prepara a mudança de endereço do setor administrativo que vai sair da Policlínica, no Centro, para o prédio do antigo Fórum da comarca, localizado na Rua Dom Bosco, no Bairro Jardim América.
A falta de espaço para ampliar os atendimentos da Renal Vida em Rio do Sul revela um drama de pacientes renais no Alto Vale; a alta demanda faz com que pacientes sejam levados a outras regiões para tratamento.
A Associação Renal Vida de Rio do Sul tem espaço para 70 pacientes, mas atende atualmente 170. São pessoas de todos os 28 municípios do Alto Vale e fora da região. A instituição, por meio de nota, informa que “devido ao aumento progressivo do número de pacientes, há pelo menos sete anos alerta-se sobre a possibilidade de faltar vagas, e planos de ação foram iniciados”.
Enquanto isso, pacientes são encaminhados pelo Governo do Estado a outras unidades da Renal Vida. Porém, quando elas não conseguem absorver a demanda, os moradores são levados a hospitais de Itajaí, Rio do Sul e Blumenau. Segundo a Renal Vida do Alto Vale, três pacientes internados aguardam vagas e pelo menos outros cinco estão prestes a necessitar de hemodiálise.
Já 30 pacientes acompanhados e monitorados em ambulatório estão em fase avançada da doença e em preparo pré-diálise. Essas pessoas terão que se deslocar para outra cidade três vezes por semana para realizar diálise. Cada sessão dura de três a quatro horas.
Para o médico Leonardo Ribeiro, nefrologista da Renal Vida, essas transferências geram transtornos não só de logística, mas emocionais e até riscos de infecção aos pacientes. Isso sem contar a sobrecarga nos leitos dos hospitais.
A Prefeitura de Rio do Sul também acompanha a situação. Na cidade, o atual prédio da Renal Vida divide espaço com a policlínica e a Secretaria Municipal de Saúde. O projeto da prefeitura e da associação é que uma nova sede da policlínica seja construída e que a Saúde vá para o prédio do fórum antigo, que passa por reforma; conforme noticiamos a pouco.
Como o processo disso tudo é lento, a prefeitura procura um espaço para alugar e fazer a mudança da policlínica o quanto antes. Enquanto o cenário não muda, pacientes precisarão buscar tratamento longe de casa. O governo garante, porém, que ninguém ficará sem atendimento.