Condenada a 39 anos de reclusão pelo assassinato dos próprios pais, Suzane Von Richthofen, de 40 anos, ingressou na quarta-feira (28) no curso de direito da Universidade São Francisco, campus de Bragança Paulista, no interior de São Paulo.
Agora, a “ex-Richthofen”, com nomenclatura alterada na certidão, Suzane Louise Magnani Muniz, após um mês do nascimento da primeira filha, retoma as atividades acadêmicas.
Após usar a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), Suzane alcançou a pontuação necessária e foi aprovada na instituição de ensino. Ela está matriculada no turno matutino do curso, chegou cedo, subiu para o segundo andar vestindo camiseta preta, calça cinza e tênis branco.
A condenada teria cumprimentado os colegas, sentou-se na última fileira sem puxar assunto e não se importou com os registros fotográficos, apurou a coluna True Crime, do jornal O Globo.
Apesar de as aulas terem iniciado na renomada instituição na semana passada, Suzane optou por frequentar as aulas somente agora, visto que teria de participar de atividades voltadas aos calouros, como se apresentar à turma, dizendo o nome em voz alta e explicando por que escolheu o direito.
Suzane von Richthofen estudava direito quando matou os pais
Em 2002, quando matou os pais, Manfred e Marísia von Richthofen, Suzane era acadêmica de direito da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Mas com a condenação, a herdeira milionária parou os estudos.
Em 2013, foi aprovada no curso de administração Universidade Anhanguera de Taubaté. Mas uma decisão da 2ª Vara de Execuções Criminais proibiu a assassina de ingressar ao curso, Suzane recorreu e ganhou, mas tempos depois optou em desistir da faculdade.
Já em 2017, foi pré-selecionada pelo Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) para estudar administração na Faculdade Dehoniana de Taubaté. Ela acabou não ingressando na instituição religiosa.
Antes de ingressar este ano no curso de direito, Suzane retomou os estudos em 2021, se matriculou na Faculdade Anhanguera de Taubaté. Desta vez, ela escolheu a faculdade de farmácia, que fora transferida pela biomedicina. Ela chegou a pedir transferência para a UNIFSP (Faculdade Sudoeste Paulista), mas abandonou o curso e foi morar com o esposo, o médico Felipe Zecchini Muniz, de 40 anos, em Bragança Paulista.
Foto/crédito: O Globo/Reprodução
