As operações do GAECO do Ministério Público do Rio Grande do Sul, ontem, que tiveram como foco a relação entre uma empresa de tecnologia de Florianópolis e prefeituras gaúchas devem avançar. É o que diz o promotor de Justiça do Quinto Núcleo Regional do GAECO gaúcho, Manoel Figueiredo Antunes. A IPM Sistemas tem sede em Florianópolis, mas nasceu em Rio do Sul, onde funciona o Centro de Tecnologia da empresa.
Segundo o promotor do GAECO, os trabalhos da operação de ontem mostram apenas a parte externa das investigações, que já haviam se iniciado. Agora, será feito um pente-fino em todos os contratos dessa empresa em todos os municípios gaúchos. A intenção é fiscalizar para ver as cidades gaúchas que contrataram com essa empresa e que teriam sido lesadas.
De acordo com a investigação, a empresa é suspeita de fornecer às prefeituras um pacote completo de documentos que direcionava a licitação para a aquisição do software. O coordenador do GAECO, promotor de Justiça, André Dal Molin, disse, via assessoria de imprensa, que foram apreendidos notebooks, tablets, computadores, celulares e documentos, principalmente modelos de editais, orçamentos, entre outros.
Em nota, a empresa se manifestou sobre as operações: “A IPM atua no fornecimento de tecnologia de última geração aos municípios brasileiros e luta contra iniciativas de um grupo de empresas que visa evitar sua entrada nas Prefeituras do Estado do Rio Grande do Sul. Tais iniciativas são pautadas em denúncias vazias e inconsistentes, motivadas por interesses comerciais próprios de outras empresas do mesmo segmento que não têm entregado sistemas de gestão modernos e eficientes. Agimos em conformidade com a lei e focamos nossos esforços na eficiência e inteligência para a gestão pública, com tecnologias melhores e preços inferiores aos do mercado. Seguimos à disposição do judiciário e órgãos de controle. Os fatos serão esclarecidos”.
Foto: Divulgação MP-RS