A jovem Ana Clara Benevides, de 23 anos, que faleceu durante a primeira apresentação da cantora Taylor Swift no Brasil, teve exaustão térmica causada pelo calor, conforme aponta o laudo de necropsia.
Segundo a perícia, Ana Clara foi exposta ao calor difuso, caracterizado por condições extremas de temperatura no ambiente. A exposição foi considerada indireta, com o sol sendo identificado como a fonte do calor. Esse quadro levou a estudante a uma exaustão térmica, resultando em choque cardiovascular e comprometimento grave dos pulmões, culminando na morte súbita da universitária.
Além disso, o laudo de necropsia indicou que a jovem também faleceu devido a hemorragia alveolar, que ocorre quando há rompimento dos vasos sanguíneos que irrigam os pulmões, e congestão polivisceral, que leva à paralisação de vários órgãos devido à exposição difusa ao calor.
A necropsia esclareceu ainda que não foram encontradas evidências de álcool ou outras drogas no organismo da vítima. A delegada Juliana Almeida afirmou: “Foram feitos quatro exames, além desse laudo complementar. Em outro exame, determinou-se que Ana Clara não ingeriu bebida alcóolica, não consumiu substâncias tóxicas e também não tinha doenças preexistentes”.
A delegada acrescentou que os organizadores do evento, a T4F, serão convocados para prestar depoimento: “O próximo passo do inquérito policial agora é realizar a oitiva dos organizadores do evento para saber quais medidas eles tomaram no dia. Diante do que o laudo apontou e das demais diligências que a gente vai realizar, as oitivas podem levar ao indiciamento por homicídio culposo”, explicou a delegada Juliana Almeida ao G1.
Fonte: Revista Forum
Fotos: Reprodução/Arquivo Pessoal